São Paulo vence o Juventude de virada e é o novo líder

Caxias do Sul, 28 (AE) – Os goleiros salvaram o São Paulo, nesta quarta-feira em Caxias. Duas falhas grotescas de Eduardo Martini e muita elasticidade de Roger permitiram a vitória do time de Cuca por 2 a 1 sobre o Juventude. A equipe chegou aos 34 pontos e é líder do Brasileiro – pode ser ultrapassada nesta quinta-feira pelo Santos, que recebe o Coritiba na Vila Belmiro.

O próximo jogo do São Paulo será domingo, contra o Inter em Porto Alegre. Pode ser a última partida de Cuca, que recebeu uma oferta do futebol árabe. E o treinador não terá Lugano, Fábio Santos e Grafite, que levaram o terceiro amarelo. Cicinho, suspenso por dois jogos pela expulsão contra o Atlético-MG também está fora. Mas o atacante Luís Fabiano estará de volta.

O Juventude era um time muito mais bem armado do que o São Paulo no início do jogo. E aproveitou-se, logo aos quatro minutos, da indecisão entre Cicinho e Alê. Quem é ala, quem é lateral, quem é volante, quem cobre quem? Zé Rodolpho avançou no espaço entre um e outro e acertou um belo chute cruzado, da esquerda para a direita: 1 a 0.

Com Alê deslocado para a direita – Cuca queria Cicinho jogando como meia – César Sampaio ficava sozinho na marcação de Leonardo Manzi e Lopes. E tome sufoco. Aos 17, Thiago cobrou uma falta e Roger mandou para escanteio. Na cobrança, cabeçada de Naldo, que Roger salvou no ângulo.

Com 33 minutos, outro quase-gol para o Juventude. Naldo cobrou uma falta, Roger rebateu e Edcarlos salvou em cima da linha. O São Paulo deixou o campo agradecendo o único gol sofrido.

Cuca mudou para o segundo tempo. Colocou Vélber em lugar de Edcarlos. Cicinho foi para a ala e Alê voltou a ser volante, ajudando César Sampaio na marcação. O básico. E o time melhorou um pouco. Aos quatro minutos, Grafite cruzou e Rondón girou, chutando para fora. Aos seis, Lugano tentou de longe. A impressão de que o São Paulo dominaria durou pouco.

Alê recuou muito, jogando como zagueiro e os jogadores do Juventude passaram a ter espaço para entrar na defesa, tocando com facilidade. Aos 13 minutos, Grafite, que já havia caído duas vezes, foi trocar a chuteira. Era um bom retrato do São Paulo. Aos 17, o Juventude cobrou um escanteio. Bruno e Índio foram sozinhos para a bola e se atrapalharam. O São Paulo era uma confusão só.

Cuca trocou Rondón por Tardelli. Aos 18, Bruno passou por Fábio Santos e cruzou. Perigo. E, aos 21, o goleiro Eduardo Martini começou a mudar o jogo. Em um escanteio, subiu sem ninguém e soltou a bola. Tardelli, que não marcava desde 7 de março, fez o gol de empate de cabeça.

O Juventude foi ao ataque. Ameaçou muito, mas aos 35 minutos, Eduardo Martini completou com o pé o que começara a fazer com as mãos. Chutou errado uma bola recuada. Ela foi para trás. Vélber passou pelo goleiro e decretou a injustiça. Martini deixou o campo pedindo desculpas à torcida. E Roger, feliz com a grande partida que fizera. “Foi um dos meus melhores jogos. Agora, vamos tentar vencer o Inter.” Sem Martini, será difícil.

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