São Paulo tem 200 áreas sob risco de desabamento

A Defesa Civil da Prefeitura de São Paulo decretou estado de ?altíssimo risco? para a Favela da Rocinha, localizada no bairro do Campo Belo, na zona sul da capital, em função do desabamento de 50 barracos desde quarta-feira. Não há registro de mortes no local, assim como ninguém ficou ferido no desabamento causado pela chuva ontem, quando duas residências com obras em situação irregular, na Cidade Ademar, zona sul, despencaram. Mas novos problemas podem ocorrer. A cidade tem 200 áreas monitoradas pela Defesa Civil, em estado de ?alto e altíssimo? risco de desabamento, localizadas principalmente nas regiões sul e norte da capital paulista.

Os barracos da Favela da Rocinha próximos do Córrego Pirajuçara foram interditados. ?Vamos demolir para congelar a área (impedindo novas ocupações). Já cadastramos 58 famílias, mas a maioria não aceita ser removida para nossos abrigos; 50 famílias já informaram que foram acomodadas em casas de parentes e amigos e oito concordaram em ir para o nosso abrigo?, disse o subprefeito do Jabaquara, Plínio Xavier de Mendonça Jr. A transferência das famílias para um albergue começou ontem à tarde.

A líder comunitária Isabel Cristina Cândido, da Associação Mulheres de Luta da Rocinha, apóia o congelamento. ?É o modo de resolver o problema e colocamos um arame no local para evitar novas invasões.

Há na cidade 700 áreas de risco. A seqüência de temporais nos últimos dias tem agravado a situação, provocando o ?estado de atenção? em áreas de risco atingidas por mais de 60 mm de chuva nos últimos três dias. De acordo com o coronel Jair Paca de Lima coordenador da Defesa Civil de São Paulo, quando ocorre a iminência de deslizamentos o estado da área é elevado para ?alto? e, em seguida, ?altíssimo.

O prefeito Gilberto Kassab (PFL), que visitou ontem a Favela da Rocinha, destacou que a administração pretende remover as famílias para os abrigos para depois encaminhá-las para uma solução definitiva. ?A nossa prioridade em relação à chuva intensa é monitorar as áreas de risco para evitar fatalidades.

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