São Paulo perde para o Figueirense por 1 a 0 em Florianópolis

O velho Emerson Leão está de volta. O treinador chegou ao São Paulo com estilo light, prometendo evitar reclamações, principalmente contra arbitragens. Em apenas dois dias, todos os novos conceitos foram por água abaixo. Primeiro detonou a CBF por marcar 31 minutos de jogo com o São Caetano para quarta-feira. Queria novo confronto. Hoje, Luciano Augusto Almeida foi seu alvo. Numa rodada em que Santos, Atlético-PR, Palmeiras e Juventude, seus concorrentes na briga pelas primeiras posições venceram, sua equipe perdeu a invencibilidade de cinco vitórias seguidas na Brasileiro ao cair em Florianópolis: 1 a 0 para o Figueirense. O treinador acabou expulso e não poupou o juiz. Seus jogadores também deixaram o campo com raiva do brasiliense.

A grande bronca foi na violência do adversário. E desde os primeiros minutos. Renan e Danilo, receberam cartão amarelo merecidos. Do outro lado nada. “Nossos jogadores receberam cartão, o Goiano fez 5, 6 faltas seguidas no Grafite e nada. Fui pedir a ele, com educação, para rever conceitos”, disse o goleiro Rogério Ceni, no intervalo, após conversa no meio-campo com o árbitro.

Mas no futebol o São Paulo deixou a desejar. Na primeira etapa não saiu perdendo por sorte. Ou falta de competência de Romualdo. Foram duas chances, cara a cara, desperdiçadas. “Este gol não pode perder né Romualdo”, cobrou o técnico Dorival Júnior, do Figueirense, no primeiro lance. Após o segundo, nada de bronca. E sim incentivo”Vai para cima deles que você vai fazer o gol.”

A polêmica maior aconteceu no início da fase final. Alexandre Gaúcho agrediu Alê e o juiz nada fez. Leão invadiu o campo, reclamou, xingou. Falou com o auxiliar e nada de punição ao rival. Pior, acabou expulso. “O jogador chutou o Alê. Ele (Luciano) acha que é Deus, não olha nada e pensa que sabe tudo.”

A não expulsão foi decisiva para o resultado da partida. Alexandre prosseguiu no duelo. Em uma finalização sua, expalmada por Rogério Ceni, Genilson fez o gol solitário. Comemorou com a bola debaixo da camisa. “O herdeiro vem aí, o gol foi para minha esposa, grávida de três meses,” dedicou.

Fábio Santos e Vélber, que estavam encostados no clube e Diego Tardelli, cada vez com menos prestígio com Leão, foram escolhidos pelo técnico para tentar o empate. Atuaram 20 minutos mas quase não pegaram na bola. Júnior, um dos escolhidos para ser substituído, deixou o campo reclamando. Não está porém, jogando nada.

Numa noite em que Cicinho, Júnior, Danilo e Grafite, peças importantes do São Paulo não renderam nada, o resultado não poderia ser outro, senão a derrota. Ela, pelo menos, Leão achou justa. “Nós merecemos pelo pouco que fizemos”, afirmou o treinador, bastante irritado com a partida. “A equipe local, sem responsabilidade de fundo ou ponta da tabela, correu livre. Parecia um jogo de rua, sem técnica e arbitrado por pessoa de várzea”, definiu.

Voltar ao topo