São Paulo e Palmeiras empatam por 3 a 3

São Paulo (AE) – Um prêmio para a persistência palmeirense, um castigo merecido pela apatia são-paulina. O empate por 3 a 3 no clássico desta quinta-feira, no Morumbi, não teve vencedores, mas o Palmeiras saiu como vencedor moral do jogo: enquanto o time do Palestra Itália segue invicto sob o comando de Emerson Leão, a equipe de Paulo Autuori ainda não venceu depois da conquista da Copa Libertadores. Para efeito de classificação, o resultado não adiantou de nada: o Palmeiras segue em 13.º, com 22 pontos e o São Paulo, perto da zona de rebaixamento, tem 18 e continua na 18.ª posição.

O São Paulo dominou o primeiro tempo. Com um meio-campo mais coordenado que o do rival, chegou com facilidade à frente, mas teve pela frente o mesmo problema desde o fim da Libertadores: a falta de referência na área. Para sorte do time de Autuori, o ataque do adversário foi ainda mais fraco. A bola não chegava ao esforçado Gioino e só restava arriscar de longe – Pedrinho chutou, sem problema para Rogério.

De tanto insistir, o campeão da Libertadores chegou lá – com a colaboração da defesa palmeirense. Aos 33, no escanteio batido por Souza, Gioino falhou, deixou a bola passar e a viu sobrar limpa para Amoroso, livre, abrir o placar. O gol desestruturou o já bagunçado Palmeiras. Quatro minutos depois, num contra-ataque, Souza carregou até a área e Leonardo Silva desarmou errado – deixou a bola limpa para Amoroso, com categoria, fazer o segundo.

O time de Leão tentou reagir, mas não contava com a falha de Gamarra. O zagueiro perdeu o tempo da bola no lançamento, e Danilo foi mais esperto, ganhou na corrida e só rolou para as redes: São Paulo 3 a 0. No último lance antes do intervalo, os são-paulinos também colaboraram com o rival: Pedrinho cruzou, Baiano tocou de cabeça e Marcinho bateu mal, mas contou com o desvio da zaga para diminuir.

Na etapa final, o Palmeiras melhorou, depois das entradas de Juninho e Correia e não sofreu a pressão do adversário. O São Paulo perdeu o meio-campo e insistiu demais nos contra-ataques -, que pela falta de um centroavante, foram improdutivos.

A pressão do Palmeiras, mesmo desordenada, deu resultado. Aos 37, na única vez em que recebeu a bola em boa condição, Gioino tocou no canto e marcou o segundo. A dois minutos do fim, em novo contra-ataque, os zagueiros são-paulinos ficaram apenas observando Warley, que, com surpreendente categoria, encobriu Rogério Ceni e decretou o mais do que justo empate.

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO 3 X 3 PALMEIRAS

GOLS – Amoroso aos 32 e aos 34; Danilo aos 41 e Marcinho aos 48 minutos do primeiro tempo; Gioino aos 37, e Warley aos 43 minutos do segundo tempo.

SÃO PAULO – Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Alex; Souza (Hernanes) Josué, Mineiro, Richarlyson e Júnior; Danilo e Amoroso (Roger). Técnico: Paulo Autuori.

PALMEIRAS – Sérgio; Daniel (Warley), Gamarra e Leonardo Silva; Baiano (Corrêa), Marcinho Guerreiro, Reinaldo, Pedrinho (Juninho Paulista) e Fabiano, Marcinho e Gioino. Técnico: Emerson Leão.

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