Santos sofre mas consegue vencer a Ponte Preta

Pressionado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, que exigia a liderança do Campeonato Paulista a todo custo, e também pela goleada por 4 a 0 do primeiro colocado Noroeste sobre o Marília, o Santos sofreu para furar o forte bloqueio defensivo da Ponte Preta. Em jogo de poucas emoções, ganhou por 1 a 0, neste domingo, na Vila Belmiro, e igualou-se aos 22 pontos da equipe de Bauru. Perde, porém, no saldo de gols (11 a 7).

O destaque santista foi o ainda desconhecido Cléber Santana. Além de marcar o gol da vitória, o meia salvou o empate nos minutos finais, ao cortar cabeçada de Luís Mário em cima da linha.

Na vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, semana passada Luxemburgo escalou três volantes. Neste domingo, entrou em campo com apenas Maldonado na marcação do meio-campo, atuando com três jogadores na frente: Rodrigo Tabata, Galvão e Geílson. "Não significa que fui retranqueiro no clássico e hoje serei bem ofensivo. Trata-se apenas de equilíbrio", justificou o técnico antes de a partida começar.

Mas o treinador do Santos não contava com o forte esquema defensivo armado pelo rival Vadão na Ponte. Rodrigo Tabata teve marcação especial e passou quase despercebido. Assim a bola chegou pouco ao ataque, principalmente na fase inicial.

Lento e sem criatividade, o time do Santos pouco criou. Por outro lado, não foi ameaçado por uma Ponte Preta preocupada apenas em se defender. As melhores jogadas santistas nos primeiros 45 minutos foram criadas por Léo Lima, a surpresa na escalação. O meia exigiu duas boas defesas de Jean, além de dois chutes fracos e sem direção.

O mau futebol, contudo, não parecia ser o maior problema ou preocupação de Luxemburgo. O treinador, à beira do campo, discutia com o árbitro Salvio Spinola Fagundes Filho. "Ele (Salvio) está mais preocupado comigo do que com o jogo", reclamava. Detalhe: não houve nenhum lance polêmico.

A segunda etapa começou com susto. Logo no primeiro minuto, Galvão caiu, sozinho. Sofreu indisposição estomacal e chegou a ter náusea no campo. Por ironia, seu substituto, Magnum entrou e melhorou o jogo.

Logo em seu primeiro lance, Magnum perdeu gol incrível: a cabeçada passou raspando. Geílson ainda acertaria a trave antes de Cléber Santana abrir o marcador, após boa tabela, aos 14 minutos. O gol, primeiro do jogador pelo clube, seria o decisivo do duro, mas importante triunfo.

O Santos volta a jogar pelo Paulista no sábado, também em casa, contra o Rio Branco. Antes, na quarta-feira, recebe o Sergipe pela Copa do Brasil. No duelo de ida, houve empate de 0 a 0.

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