Saneamento exigirá R$ 220 bilhões até 2024, prevê governo

O ministro das Cidades, Márcio Fortes, estimou hoje que serão necessários investimentos de R$ 220 bilhões, até 2024, para a universalização plena do saneamento integrado no País, que contempla serviços de água, esgoto, manejo de águas pluviais e coleta e destinação de lixo. Segundo o ministro, nesse montante estariam tanto recursos públicos quanto privados, incluindo verbas do Fundo para infra-estrutura que o governo pretende criar.

Fortes disse que atualmente 84% dos domicílios já contam com serviço de água e 71% já têm coleta de esgoto, mas apenas metade tem o esgoto tratado. O ministro ressaltou que a aprovação, ontem, pela Câmara, da Lei de Saneamento, favorece os investimentos no setor, porque cria um marco regulatório e estabelece um ambiente jurídico. "Duas coisas favorecem os investimentos no saneamento: as regras, que dão estabilidade jurídica e a decisão política do governo de investir no setor", afirmou.

Em São Paulo, a aprovação do marco regulatório de saneamento pelo Congresso deve resultar num Programa de Parceria Público-Privada (PPP) de R$ 300 milhões para a Sabesp aumentar a capacidade do município de Taiaçupeba, enviar água tratada para a capital paulista, segundo o secretário de Energia e Negócios Hídricos, Mauro Arce.

Para ele, a aprovação do marco regulatório de saneamento permitirá que muitos Estados e municípios, que têm planos de investimentos em saneamento, possam efetivá-los.

"Foi importante mesmo e abre até para o setor privado internacional, mais crédito com o País, mostrando que aqui se pode investir em saneamento e em outras áreas".

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