Rússia embarga carne bovina de oito estados brasileiros

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) confirmou a ampliação do embargo da Rússia à carne brasileira. Ao todo, a Rússia ampliou o embargo para carne brasileira para, além do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

"Dos Estados brasileiros que exportam, apenas Rondônia, Espírito Santo e Tocantins não receberam embargo", disse o diretor executivo da Abiec, Antonio Jorge Camardelli. O embargo ampliado tem início a partir do dia 13 de dezembro.

Segundo ele, a Rússia embargou a importação de carne bovina dos Estados onde foram registrados foco por 2 anos e os Estados vizinhos por 1 ano. "O Rio Grande do Sul também foi embargado apesar de estar fora da definição existente no acordo sanitário entre Rússia e Brasil", explicou.

Camardelli disse que o governo brasileiro já está agindo para marcar uma reunião com o departamento de sanidade da Rússia, em Moscou, entre os dias 15 e 16. A expectativa é reverter a situação apresentando documentos de como o Brasil está lidando com as questões sanitárias.

O executivo da Abiec disse que o foco de aftosa divulgado no Paraná não foi o único motivo para a ampliação do embargo russo. "A Rússia também levou em conta outras questões referentes a carne suína e de frango, que também foram embargadas", disse.

"O aumento do embargo não deve trazer prejuízos no curto prazo já que a Rússia já fechou suas compras para este ano e iria voltar apenas em 2006. O prejuízo é apenas para a imagem do Brasil no mercado internacional, que fica bastante abalada, com uma ação de embargo vindo da Rússia, que é um importante importador", explica.

Em relação à expectativa de ampliação de embargo também pela União Européia, Camardelli disse que o Brasil deverá mandar documentos referente a missão européia de agosto. "O prazo para mandar estes documentos vai até 22 de dezembro. Então, a UE vai esperar receber estes documentos para então chamar técnicos brasileiros para uma discussão", disse.

Camardelli disse também que, a respeito do foco de aftosa no Paraná, a Abiec se posiciona a favor do resultado técnico. "Estamos sempre a favor da questão técnica", disse.

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