O atacante Robinho, um dos melhores jogadores do Brasil na partida de estreia na Copa do Mundo, a vitória de 2-1 sobre a Coreia do Norte na última terça-feira, afirmou acreditar que a partida de domingo contra a Costa do Marfim será um pouco mais aberta, já que para ele os africanos não jogarão tão fechados como os asiáticos.
O camisa 11 da seleção também afirmou que está à disposição do técnico Dunga para atuar onde o treinador desejar, como aconteceu na última terça-feira, quando começou a partida no ataque, ao lado de Luís Fabiano, mas terminou na meia, sendo deslocado para a posição de Kaká, que foi substituído por Nilmar.
¨O time quando joga só para marcar é complicado. Acho que o segredo é quando sai um gol rápido, quando a gente consegue fazer um gol nos primeiros 15 minutos fica mais fácil¨, afirmou o jogador ao comentar as dificuldades da equipe para superar a retranca do primeiro adversário na Copa.
¨O segredo é ter paciência, tocar a bola de um lado para o outro, sem pressa, porque quando a gente joga contra um time fechado assim é sempre difícil. E a maioria das seleções, quando vem jogar contra o Brasil não joga de igual para igual, joga assim¨, completou em uma entrevista coletiva concedida no Randpark Golf Club.
Para Robinho, a Costa do Marfim não deve marcar tanto quanto a Coreia do Norte e, além disso, a tendência da seleção é melhorar nos próximos jogos.
O jogador do Santos também declarou que não vê problemas em ser recuado para o meio, atuando como armador do time, como aconteceu contra os norte-coreanos.
¨Para mim não tem problema nenhum, se eu tiver que jogar um pouco mais atrás, na posição do Kaká, não tem problema. Já joguei nesta posição, não tem problema, não. Claro que não estou tão adaptado porque jogo mais no ataque, mas não vejo problema nenhum se o Dunga optar por eu jogar nesta posição¨.
Ao mesmo tempo, destacou que Kaká é um jogador de peso e pode decidir qualquer jogo, mas lembrou que a seleção tem jogadores excelentes que podem ajudar o treinador a mudar um jogo.
Ele disse ainda que sonha apenas com o título mundial no momento, sem pensar em possíveis prêmios individuais.
“É um sonho, mas as conquistas pessoais ficam para segundo plano. Meu objetivo principal é ser campeão do mundo. Se der para ser campeão do mundo e depois o melhor do mundo, ótimo. Se não der, também não vou ficar frustrado. O importante é ser campeão do mundo¨, declarou.
¨Sei da minha responsabilidade. Ajudar a seleção da melhor maneira possível, não querendo ser melhor que ninguém, mas sem fugir das minhas características. Procurar ajudar o Brasil da melhor forma possível¨.
O jogador também comentou o isolamento da seleção, com treinos fechados e pouco acesso da imprensa aos atletas.
¨A gente respeita a opinião do nosso comandante, quem manda é o Dunga¨, disse, antes de lembrar que a badalação de 2006 atrapalhou e que o treinador optou por deixar o grupo mais fechado.
Robinho também lembrou que está em um momento muito bom na carreira e destacou a presença da esposa, do filho e da mãe na África do Sul para dar apoio.
Para ele, apesar da baixa média de gols na primeira rodada, a Copa vai melhorar com o passar dos jogos, porque a partir da segunda fase todas as seleções precisam vencer para continuar no Mundial
Ao ser questionado sobre a possibilidade de enfrentar a Espanha nas oitavas, depois que a Fúria perdeu para a Suíça, afirmou não estar preocupado. Robinho disse respeitar todos os adversários, mas que pensa apenas no Brasil.
A seleção brasileira treina na parte da tarde na Randburg High School como parte da preparação para a segunda partida no Grupo G, domingo no estádio Soccer City contra a Costa do Marfim.
Se vencer os africanos, a seleção brasilera garante vaga nas oitavas de final de maneira antecipada. O país encerra a participação na primeira fase contra Portugal, no dia 25 de junho, em Durban.