Risco cardíaco está na cintura e não na balança

Depois de mais de um século usando o Índice de Massa Corpórea (IMC) para calcular o risco que a gordura do corpo causa à saúde os cardiologistas começam a utilizar uma continha que deixa de usar o peso e a altura como referência. O novo resultado é muito mais preciso para detectar doenças do coração

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 20% dos cardiologistas do País já usam nas clínicas um índice que tem como referência a proporção cintura-quadril – a medida da cintura dividida pela medida do quadril (tudo em centímetros). O novo cálculo recebeu o aval científico, há menos de um ano, numa das maiores pesquisas já feitas sobre a relação gordura e coração, o InterHeart, em que 27 mil pessoas de 52 países foram avaliadas.

?Gordura não é para ser pesada. Mas, sim, medida e numa região do corpo específica?, diz o cardiologista Álvaro Avezum, do Instituto Dante Pazzanese e diretor da Fundação do Coração (Funcor), da SBC. ?A gordura espalhada pelo corpo todo faz menos mal à saúde do que aquela acumulada na região da cintura.

Ou seja, quando os pneuzinhos ou a barriga são maiores proporcionalmente que a gordura de outras partes do corpo, o risco de enfarte cresce. Teoricamente, quem tem um biotipo parecido com o do Jô Soares, por exemplo, corre menos risco cardíaco do que um semelhante ao do ator Antônio Caloni (o personagem Gustavo, da novela Páginas da Vida).

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