Rigotto defende coalizão com PMDB no 2.º governo Lula

O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), defendeu nesta quinta-feira (9) um governo de coalização com o PMDB no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Rigotto afirmou que esse apoio do PMDB terá que ser diferente do que ocorreu no primeiro governo, quando foi vinculado a cargos e espaço dentro do governo. Ele disse que "o comportamento tem de ser diferente, com apoio não vinculado a cargos e espaço". "Infelizmente, isso não aconteceu no primeiro mandato", disse. Segundo o governador, o PMDB deve entender que o presidente Lula defendido uma relação diferente com os partidos no Congresso Nacional. "Acredito que ele vai fazer isso", afirmou.

Ele afirmou que o PMDB, que terá as maiores bancadas na Câmara e no Senado, terá de ter responsabilidade com as reformas estruturais. Segundo ele, "a questão de cargos que o PMDB vai ter ou não pode surgir no processo de encaminhamento do presidente".

O governador defendeu a permanência de Guido Mantega no Ministério da Fazenda, acrescentando que o presidente Lula deve contar, no segundo mandato, com os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Tarso Genro (Relações Institucionais). Rigotto teve hoje uma reunião com o ministro da Fazenda, em que pediu aval do governo federal para o Rio Grande do Sul contrair empréstimo internacional com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Ele também conversou com Mantega sobre reforma tributária e se colocou à disposição do governo para ajudar nas discussões, já que, segundo disse, tem experiência porque foi presidente da Comissão de Reforma Tributária no Congresso Nacional. Rigotto disse que o segredo para aprovação da reforma será a adoção de um período de transição de dois, três ou quatro anos. "A partir de janeiro, estou sem mandato e à disposição para trabalhar, dentro e fora do partido, para construir algo que não fique na conversa, mas que seja efetivamente aprovado no Congresso Nacional.

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