Ricardo Teixeira volta a defender implosão do Maracanã

Belo Horizonte, 03 (AE) – A possibilidade de o Brasil ser sede da Copa do Mundo de 2014 já estabeleceu pelo menos uma polêmica: o que seria mais viável economicamente? A reforma dos principais estádios brasileiros ou a substituição deles por novos espaços, mais modernos?

Nesta quinta-feira, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, voltou a defender a demolição do Maracanã, sugerindo que poderia ser construído no Rio um novo estádio, na Barra da Tijuca. “E pode levar o mesmo nome: Maracanã, estádio Mário Filho.”

Teixeira disse que o assunto não deve ser tratado de forma emocional. “Aliás, quem tem de ter boa lembrança do Maracanã não é o Brasil, é o Uruguai, que ganhou a Copa”, provocou, se referindo à derrota da seleção brasileira para o rival sul-americano, na final do Mundial de 1950, realizado no Brasil.

Ele voltou a citar problemas estruturais do estádio para sustentar a idéia. “Eu acho que a reforma de um estádio como Maracanã talvez custe muito mais do que fazer um estádio novo.”

Opinião semelhante tem o técnico Carlos Alberto Parreira. Segundo ele, a “viabilidade econômica” da construção de um novo estádio ou da reforma do Maracanã é que deve permear a discussão. “Não veria assim na minha cabeça como o Maracanã poderia assim, entre aspas, ser implodido ou mudado, mas teria de dar uma boa repaginada nele, sem dúvida alguma.”

O ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz, também comentou o assunto na noite de quarta-feira, em Belo Horizonte, após assistir à vitória por 3 a 1 do Brasil sobre a Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2006.

Segundo Agnelo, para receber o Mundial, o País necessariamente terá de contar com estádios modernos nas cidades-sede. “Se a opção for essa (implodir o Maracanã) tem de ser examinado com muito carinho porque o Maracanã tem uma história muito grande. Agora, a necessidade de ter um estádio moderno no Rio de Janeiro evidentemente, tem de ter.”

Futuro

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, voltou a dizer nesta quinta que o Brasil é um forte candidato a ser sede da Copa de 2014, que, conforme prevê o sistema de rotatividade da entidade, será realizada na América do Sul.

Na mesma tecla, ele salientou que para o País abrigar um evento deste porte, os estádios terão de estar adaptados à exigência de modernidade e comunicação. “Os estádios do futuro não somente irão servir ao futebol. Devem conter também os palcos da hospitalidade.”

Blatter, porém, esquivou-se de responder à pergunta se o Mineirão havia passado no teste, no jogo com a Argentina.

Ricardo Teixeira recebeu do presidente da Fifa uma medalha comemorativa aos 100 anos da entidade internacional.

Os dois dirigentes participaram nesta quinta-feira da solenidade de lançamento da Escola Brasileira de Futebol (EBF). O novo órgão terá sede física na Granja Comary e pretende trabalhar na capacitação e formação de profissionais ligados a todas as áreas do futebol. Os recursos iniciais para o desenvolvimento da escola, estimados em US$ 400 mil, serão disponibilizados por meio de uma parceria entre a CBF e o Projeto Gol, da Fifa.

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