Reunião de Temer com governadores do PMDB conta só com Requião

A reunião entre o presidente nacional do PMDB, deputado federal Michel Temer (SP), e os governadores do partido começou há pouco, no Hotel Jaraguá Inn, em São Paulo, com a presença apenas do governador do Paraná, Roberto Requião. Ainda são aguardados os governadores de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, e de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos.

O governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, não participará do encontro por questões pessoais, informou Temer, e o governador do RS, Germano Rigotto, será representado pelo deputado Osmar Terra (PMDB-RS), enquanto a governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus, recupera-se de cirurgia e é representada pelo seu marido, o ex-governador do Rio e atual secretário de Segurança do Estado, Anthony Garotinho. Outro participante é o ex-governador de São Paulo e presidente do partido no Estado, Orestes Quércia.

De acordo com Temer, esse será o primeiro encontro do ano entre as lideranças e será discutido, entre outros temas, a disputa judicial em torno da Convenção Nacional do partido, realizada em dezembro, que estabeleceu a determinação para os filiados da legenda entregarem seus cargos do governo federal, sobretudo os ministérios que ocupam (Previdência Social e Comunicações).

"No mérito, a sentença do Supremo Tribunal Federal nos é favorável, porque estabeleceu que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal é quem deve julgar a legalidade da convenção e foi o próprio tribunal que concedeu liminar autorizando a realização do encontro", alegou Temer, referindo-se ao acórdão publicado pelo STF.

A expectativa deste grupo de peemedebistas é de que o tribunal do Distrito Federal julgue, em plenário, as regras da convenção na volta do recesso do Judiciário, no mês que vem. De acordo com Quércia, existe a possibilidade de a direção do partido realizar uma nova convenção, caso perceba que haverá grande morosidade na Justiça. "Provavelmente, acabará marcando outra convenção, porque sabemos que, quantas convenções forem marcadas, o resultado final será o mesmo: saída do governo e preservação do partido como independente." Para agendar este novo encontro, Quércia entende que as alas independente e governista do partido terão de manter conversas e deixar de lado "o processo de radicalização" que, segundo ele, forem impetrados pelos senadores José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL), contrários à convenção. "Agora, o Renan conquista a presidência do Senado e as coisas se acalmam, Temos que continuar conversando", ironizou. No encontro de hoje, Michel Temer também admitiu que os peemedebistas poderão discutir a eleição da presidência da Câmara, na qual ele garante que não pretende ser candidato.

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