Resposta do Paraná

A agricultura paranaense está prometendo excelente performance na safra 2005/2006, recuperando de forma espetacular a grande frustração da safra anterior. Estima-se uma produção de grãos 28,1% maior que a anterior, algo em torno de 21,25 milhões de toneladas.

Caso as condições climáticas não sofram nenhum tipo de anormalidade nas diferentes fases de desenvolvimento das colheitas – excesso de chuvas ou estiagem prolongada – o Paraná mais uma vez dará ao País uma contribuição de vulto na composição dos números finais da agricultura.

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, o produto em primeiro plano é o milho, cujo levantamento indica a colheita de 8,7 milhões de toneladas, ou 35% a mais que no ano passado. Necessário é ressalvar que esse fora o produto mais prejudicado pela estiagem do verão passado.

Mais uma vez verifica-se a resposta enérgica dos produtores rurais do Estado, apesar das crises econômicas ou naturais que têm enfrentado em ciclos constantes e desanimadores. Nenhum desses empecilhos, contudo, é suficiente para fazer o agricultor paranaense cruzar os braços esperando as soluções caírem do céu.

Por outro lado, deve-se também reconhecer que o nível do desenvolvimento tecnológico dos produtores em atividade, o avanço do sistema cooperativista agropecuário e o apoio dos serviços de planejamento e assistência técnica formatam uma retaguarda capaz de realimentar as intenções muitas vezes contaminadas por diferentes gamas de adversidade.

O Paraná deverá colher, de acordo com as previsões iniciais do Deral, no próximo ano, safras abundantes de milho, soja, algodão e feijão das águas.

Sabem os produtores que o melhor insumo da atividade é ver a produção sendo colhida e transformada em riqueza que, por sua vez, servirá para movimentar os demais mecanismos da economia, gerando a expectativa do crescimento.

Estado agrícola por excelência, o Paraná tem-se desempenhado com louvor nos últimos anos. Mesmo com a recente e gravíssima queda do PIB do setor, a agricultura tem um papel a cumprir e dele não pretende se afastar.

A reclamação até agora não ouvida pelo governo diz respeito à implantação de uma política agrícola não sujeita a chuvas e trovoadas.

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