Requião fala sobre soja transgênica a jornalistas de Brasília

Em coletiva à imprensa em Brasília, nesta segunda-feira, o governador Roberto Requião falou sobre os ofícios enviados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos ministros José Dirceu (Casa Civil), Marina Silva (Meio Ambiente) e Roberto Rodrigues (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) solicitando que o Paraná seja declarado “Zona Livre de Transgênicos”.

O governador reiterou que é a favor de que se mantenha a pesquisa com organismos geneticamente modificados, mas ressaltou que o Paraná tem um mercado cativo para a soja convencional, com países que rejeitam a soja transgênica, como a França. “Em agosto deste ano recebemos no Paraná uma comitiva francesa, liderada por Pascale Loget, vice-governadora da Bretanha, disposta a importar boa parte da soja convencional produzida no nosso Estado”, contou o governador.

Outro fator apresentado por Requião é o alto custo de pagamento de royalties que os produtores teriam que arcar se comercializassem soja transgênica. Segundo o governador, se todos os produtores paranaenses de soja aceitassem a mistura do grão convencional com o transgênico, somente no ano passado teriam sido pagos R$ 65 milhões em royalties para a Monsanto, multinacional detentora da patente da semente de soja transgênica. Considerando as expectativas para a safra 2004/2005, o valor passaria para R$ 140 milhões.

Livre

A documentação, protocolada pela manhã ao Governo Federal, comprova que o Estado do Paraná está praticamente livre da plantação de soja transgênica. Os resultados apresentados por Requião, especialmente os obtidos na safra 2003/2004, tornam evidente que a produção de soja geneticamente modificada é insignificante e está sob controle no Paraná.

Requião também solicitou que o Ministério da Agricultura apresente a lista dos 574 produtores de soja no Paraná que teriam assinado o Termo de Compromisso, Responsabilidade e Ajustamento de Conduta, obtendo a liberação para plantar soja transgênica na safra 2004/2005. “Temos a obrigação de fiscalizar e segregar a plantação de soja transgênica para evitar contaminação da soja convencional”, justificou Requião.

Voltar ao topo