Requião apóia protesto e defende diversificação na produção agrícola

O governador Roberto Requião voltou a apoiar os agricultores brasileiros, em protesto em todo país, que pleiteiam garantia de preço mínimo à produção, renegociação das dívidas, redução das taxas de juros e uma política cambial que não comprometa a exportação. ?O Governo do Estado deixa claro sua solidariedade ao movimento dos agricultores do Paraná e do Brasil. No mundo inteiro, os países sérios levam a sério a segurança alimentar e subsidia a sua agricultura?, disse Requião nesta terça-feira (16) na abertura da reunião da Escola de Governo.

A crise da agricultura, segundo Requião, tem que ser explicada pelo seu processo histórico e se manifesta atualmente pela valorização do real e a conseqüente desvalorização do dólar. ?Esse processo se iniciou com a Lei Kandir, a lei da desindustrialização da agricultura brasileira, que desonerou a exportação de grãos. Deixamos de agregar valor a aquilo que produzimos e passamos a nos transformar em apêndice agrícola de países mais desenvolvidos?, observou.

?O Brasil e o Paraná só conseguem um preço melhor e um lucro significativo em função de fenômenos climáticos e biológicos com a agricultura graneleira da Europa e dos EUA?.

Monoculturas

Requião alertou ainda que a agricultura brasileira caminha para intensificação das monoculturas da soja, milho, trigo e madeira. ?Perdemos a diversidade e passamos a ser produtores de ração para gado na Europa e nos EUA. Isso em um país que ainda apresenta em uma parcela considerável da população praticamente passando fome?.

O governador ressaltou que o enfretamento da crise na agricultura tem que ser feito com inteligência e que não se resume ao problema da valorização do real. ?Isso se resolve através da diversificação da agricultura, de medidas que acabem com a tentativa de escravização do país?.

A escravização, conforme Requião, atenta a ?necessária soberania da semente que esta ameaçada com as patentes trangênicas?, em especial no Brasil, em relação à soja. ?País algum do mundo admite a subordinação da sua agricultura a uma patente exclusiva de um grupo multinacional. E os grupos que pateiteião transgênicos são três ou quatros no mundo e no Brasil com uma participação mais cruel e pesada da Monsanto?.

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