Renilda diz que não conhece vice-governador de MG e ex-sócio de Valério

A mulher do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, Renilda Santiago, disse, no depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista dos Correios, que nunca conheceu o vice-governador de Minas Gerais, Clésio Andrade (PL), ex-sócio do marido dela na agência de publicidade SMP&B.

Segundo Renilda, a sociedade entre Andrade e os demais sócios da agência de publicidade foi feita por ação judicial, mas ela não sabia informar se a motivação foi por uma briga entre Valério, outros sócios da agência e o vice-governador de Minas Gerais. "Não sei informar qual foi o problema entre os sócios da SMP&B e Clésio Andrade", afirmou Renilda.

"Desconheço o conteúdo da ação judicial", acrescentou, em resposta a indagações da senadora Ideli Salvatti (PT-SC). A mulher de Valério afirmou também desconhecer que, em algum momento, os bens da família tenham sido penhorados ou tenham ficado indisponíveis por causa da ação de separação dos sócios. Renilda limitou-se a dizer que, após a disputa e o processo judicial, Valério optou por transferir as participações acionárias para o nome dela.

Ideli procurou direcionar as perguntas para que a mulher de Valério contasse a trajetória profissional do marido. Segundo Renilda, o empresário trabalhou no Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) como escriturário, por meio período, e, na parte da tarde, era revendedor de brita e cimento de uma empresa de Sete Lagoas (MG). Depois, segundo ela, "devagar", Valério chegou a gerente do Bemge, participando, posteriormente, de um conselho do banco e, mais à frente, foi diretor do Banco Agrimisa, de Minas Gerais, que faliu.

"Depois, ele trabalhou no Banco Central (BC), em Brasília. Não sei em qual cargo nem em qual período", relatou. A trajetória de Valério contaria, na seqüência, com o retorno ao Agrimisa, uma nova passagem pelo Bemge e a transferência para uma empresa de consultoria, de cujo nome Renilda não se lembrou. Nesta consultoria, segundo ela, Valério teria sido convidado por Andrade para ingressar na SMP&B, onde ele iniciaria a atividade de empresário do ramo publicitário.

Questionada por Ideli se conhecia Marcos Vinícius Fernandes de Souza, Renilda disse que se trata do cunhado, gerente de carreira do Banco do Brasil (BB) mas que ele não mantém nenhuma relação com as empresas do irmão Valério. Ela não soube, entretanto, informar se a SMP&B e a DNA Propaganda, outra firma de Valério, possuem conta na agência comandada por Vinícius Fernandes de Souza.

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