Renan vai discutir reforma política com Lula na próxima semana

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que vai discutir o tema da reforma política com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima segunda-feira (13). Segundo Calheiros, Lula pediu que a reforma seja priorizada na pauta de votações do Congresso. Atualmente, o projeto de reforma política é discutido na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. "É importante que ele (Lula) participe. O Brasil precisa muito da reforma política para a gente aprimorar as instituições, restaurar a legitimidade dos mandatos. É bom que ela aconteça", afirmou.

Para que as mudanças no sistema eleitoral possam vigorar em 2006, o Congresso deve aprovar a reforma até setembro. Segundo Calheiros, os partidos consideram mais importante votar agora a fidelidade partidária e o fim da verticalização. "Nós precisamos acabar com a verticalização porque verticalização essa reforma seria verticalizar o caos", afirmou.

A idéia dos presidentes dos partidos é votar o relatório do deputado Rubens Otoni (PT-GO) por inteiro, mas incluir no texto a determinação para que a lista fechada de candidatos, o financiamento público de campanha e o fim das coligações proporcionais só entrem em vigor em 2008. Pelas listas fechadas, o eleitor passará a votar em chapas organizadas pelas convenções partidárias. Já o fim das coligações nas eleições proporcionais prevê a criação de federações partidárias, às quais os partidos deverão permanecer filiados por no mínimo três anos.

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, anunciou ontem (9), durante o 4º Fórum Global de Combate à Corrupção, que entregará em 45 dias ao presidente Lula um relatório sobre as discussões de reforma política feitas no país. O documento não será enviado ao Congresso como uma nova proposta a ser votada. O objetivo do grupo, integrado por mais três ministros e coordenado por Thomaz Bastos, é reunir propostas e experiências de universidades, movimentos sociais, setores produtivos e de representantes do governo e da oposição sobre o tema.

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