Relatório sobre clima põe pressão sobre o governo Bush

O relatório do Painel Intergovernamental para a Mudança Climática (IPCC), comitê de cientistas patrocinado pela Organização das Nações Unidas (ONU), coloca mais pressão sobre o governo do presidente dos EUA, George W. Bush, para reduzir as emissões americanas, cada vez maiores, de gases causadores do efeito estufa. Segundo o IPCC, o mundo enfrentará séculos de aquecimento, principalmente por conta da poluição gerada pelo homem, sendo os EUA os maiores poluidores do planeta.

O Partido Democrata, de oposição a Bush e que recentemente assumiu o controle do Congresso, elogiou o relatório. "Para os que ainda estão procurando responsáveis pelo aquecimento global, esse novo relatório da ONU é uma prova científica incontestável" disse o deputado democrata Edward Markey, principal representante de seu partido nas comissões de energia e recursos naturais. A Casa Branca emitiu uma nota, quatro horas depois do lançamento do relatório, defendendo a atuação do presidente Bush na questão da mudança climática.

O texto afirma que Bush destinou US$ 29 bilhões do orçamento para ciências ligadas ao estudo do clima, tecnologia, ajuda internacional e programas de incentivo – "mais dinheiro que qualquer outro país. Bush já pediu uma redução no crescimento das emissões de gases causadores do efeito estufa em 1% ao ano, mas recusa impor limites compulsórios.

Na semana passada, ele pediu uma redução de 20% no consumo de gasolina dos EUA, ao longo dos próximos 10 anos, sem, entretanto dizer como isso pode ser alcançado. Markey disse que o Congresso terá de "encarar o desafio, agindo agressivamente numa transição para longe das formas de energia que têm a capacidade de destruir o planeta como o conhecemos".

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