Relatório final da CPI dos Correios deve ficar pronto no dia 21 de março

Integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios se reuniram na manhã de hoje (9) para avaliar os trabalhos que estão na reta final. Participaram do encontro o presidente, relator e sub-relatores da comissão. O presidente da CPMI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), disse todos os sub-relatores deverão entregar seus pareceres no início da próxima semana e o documento final deverá ser apresentado no dia 21 de março.

A CPI mista tem cinco sub-relatorias: Movimentação Financeira, Contratos, Fundos de Pensão, sobre o Instituto de Resseguros do Brasil e Normas de Combate à Corrupção. Delcídio disse que os parlamentares não falaram em prorrogar os trabalhos. "Isso depende da assinatura de 171 deputados e 27 senadores. Aquilo que compete ao que já foi investigado, temos amplas condições de apresentar no dia 21 de março um relatório consistente. Ou seja, um relatório embasado em tudo que foi investigado", afirmou.

O senador informou que o publicitário Duda Mendonça deverá ser ouvido na próxima semana pela comissão, provavelmente na quarta-feira. Ontem, o relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio, teve acesso a dados sigilosos das contas de familiares e sócios do publicitário Duda Mendonça no exterior. Os documentos foram enviados pelo Fincen – agência de inteligência financeira dos EUA e estão no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

O senador disse ainda que o que não for possível investigar será encaminhado ao Ministério Público e à Policia Federal. "O que não tivermos tempo para aprofundar, teremos alguma indicação para que os órgãos que vão receber esse relatório se posicionarem também", observou.

Um dos casos que deverá ficar para ser investigado depois é a denúncia publicada pela imprensa de que o diretor-geral da Itaipu Binacional, Jorge Samek, teria cobrado propina de US$ 6 milhões para perdoar uma dívida de US$ 200 milhões da empresa Voith Siemens.

Delcídio explicou que o caso escapa da CPI por ser tratar de uma empresa binacional, que tem legislação específica. "Isso exige um acordo ou um diálogo entre os governos e as chancelarias. Não podemos começar a atropelar os fatos, porque determinadas questões não são tratadas de maneira tão direta quanto, por exemplo, empresas situadas no país", considerou.

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