Relatório da ONU mostra que Brasil continua um país de contrastes

O Relatório Nacional de Acompanhamento, divulgado hoje pela Organização das Nações Unidas, revela que o termo Belíndia, criado pelo economista Edmar Bacha em 1974 para definir a distribuição de renda no Brasil ainda é atual. Mais de trinta anos depois, o Brasil continua formado por uma pequena e rica Bélgica e uma imensa e pobre Índia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é citado no relatório da ONU como modelo mundial de liderança política. O texto destaca que o governo brasileiro apóia um programa usando a experiência do país para convencer os líderes mundiais a lutar contra a fome em todo o mundo.

De acordo com o relatório, persistem no Brasil de hoje áreas com graves problemas de pobreza e desigualdade, ao lado de outras com desenvolvimento semelhante ao dos grandes centros mundiais. Mesmo assim, o relatório cita a doação de recursos e a cooperação técnica do governo brasileiro com países com menor grau de desenvolvimento.

Essa colaboração, de acordo com o coordenador das Nações Unidas no Brasil, Carlos Lopes, intensificou-se no governo Lula. "O Brasil lidera um movimento que procura propostas de novas formas de financiar o desenvolvimento. A idéia surge do desejo expresso do governo Lula de aumentar a ajuda ao financiamento aos Objetivos do Milênio e, para isso, é preciso fazer um esforço suplementar, porque as formas tradicionais não estão dando resultados", analisou.

Lopes ressaltou entre as melhorias o aumento do número de crianças que têm acesso à educação primária. "A meta do acesso universal à educação já foi atingida", assegurou. Ele elogiou também as iniciativas de combate à aids. "Na área do combate ao HIV/Aids, o Brasil é um líder mundial", disse.

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