Regiões metropolitanas ordenam expansão de Londrina e Maringá

A instalação das regiões metropolitanas de Londrina e Maringá, que está sendo viabilizada pelo governo do Estado com a criação de duas coordenadorias específicas, vai consolidar o processo de crescimento das duas cidades e arredores nos últimos anos. Cenas como ônibus e terminais lotados, zonas comerciais movimentadas, adensamento populacional cada vez mais intenso e limites de municípios que se confundem por causa da expansão das áreas urbanas já são comuns nas duas regiões.

O cotidiano das populações de Londrina e Maringá e localidades vizinhas já apresenta características de áreas metropolitanas. Diariamente, milhares de pessoas se locomovem de uma cidade à outra, de casa para o trabalho, de casa para a escola, para fazer compras ou à procura de outros tipos de serviços. Basta ver o fluxo nas rodovias e nos coletivos intermunicipais: sobretudo no início da manhã e no final de tarde, o vaivém é grande.

Para trabalhadores, estudantes, comerciantes e representantes de entidades da sociedade civil, a implantação das coordenadorias metropolitanas de Maringá e de Londrina vai possibilitar um planejamento urbano, econômico e social mais efetivo das duas regiões. Com as coordenadorias, as políticas públicas a serem projetadas serão comuns entre os municípios sedes e os vizinhos.

Hoje cada município desenvolve seu plano de ação, desconsiderando muitas vezes a existência de problemas que atingem os demais. Isso impede que se encontrem soluções compartilhadas entre dois ou mais municípios. Outra expectativa a partir da instalação das duas regiões é a possibilidade de ingresso de mais recursos públicos do Estado e da União, principalmente em obras de infra-estrutura.

Urbanização intensa

De acordo com o ?Leituras Regionais?, publicação elaborada a partir de estudos de técnicos do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), a mesorregião Norte Central, da qual fazem parte as áreas metropolitanas de Londrina e Maringá, registrou nos últimos 30 anos um extraordinário salto no grau de urbanização. De 1970 para 1980, a urbanização passou de 40% para 65%; no ano 2000, esse índice já tinha alcançado 88%.

?Entre 1970 e 1980?, diz a publicação, ?os principais pólos do Norte Central ? Londrina e Maringá ? evidenciaram expressivas taxas de crescimento da população total, de 2,8% a 3,3% ao ano respectivamente?. Dinâmica semelhante ocorreu em municípios vizinhos, frisa o estudo. ?Cambé e Ibiporã, limítrofes a Londrina, sustentam fortes ritmos de expansão populacional há décadas, superiores à do pólo (Londrina). Limítrofes a Maringá, crescem a ritmos significativos – Sarandi (4,6%), Paiçandu (3,7%) e Marialva (2,7%)?, destaca o trabalho do Ipardes.

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