Receita monta operação especial no Paraná

Brasília (AE) – A Receita Federal do Brasil vai iniciar esta semana uma operação especial de fiscalização na região de Maringá, no Paraná, onde na semana passada foi assassinado com três tiros o auditor fiscal José Antônio Sevilha. A polícia investiga todas as hipóteses de motivação para o crime, ocorrido na noite do dia 29, mas já se sabe que o auditor vinha sofrendo pressões de empresas que estavam sendo fiscalizadas, supostamente envolvidas em evasão fiscal e importação ilegal de mercadorias.

O secretário da Receita Federal do Brasil, Jorge Rachid, determinou a criação de uma equipe especial de auditores de vários Estados para fazer a operação pente-fino em Maringá. Segundo a Receita, a equipe vai investigar o recolhimento de Imposto de Renda, tributos sobre o comércio exterior e contribuições previdenciárias por empresas suspeitas de envolvimento no esquema de sonegação.

Sevilha era chefe da Seção de Controle Aduaneiro da Delegacia da Receita em Maringá e investigava grandes empresas da região. Para não prejudicar as investigações, a Receita não dá detalhes sobre as fiscalizações que estavam sendo comandadas pelo auditor assassinado. Na sexta-feira, depois do crime, o secretário Jorge Rachid, que estava em Manaus participando de uma reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) foi para Maringá acompanhar as investigações. Lá, Rachid se reuniu com autoridades locais e pediu empenho para desvendar o crime.

A Polícia Federal em conjunto com as polícias Civil e Militar, a Justiça Federal e o Ministério Público investigam o assassinato de Sevilha. Ele tinha 45 anos e trabalhava na Receita desde 1997. A Receita Federal em Maringá, como em Foz de Iguaçu, atua fortemente na repressão a contrabando, pirataria e sonegação de tributos ligados ao comércio exterior.

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