Receita Federal teve arrecadação recorde em julho: R$ 31,6 bilhões

Brasília (AE) – A Receita Federal arrecadou R$ 31 649 bilhões em julho, um recorde para o mês. A cifra corresponde a um crescimento real de 5,48% na comparação com a obtida em julho de 2004. A arrecadação acumulada no ano, até esse mês, chegou a R$ 207,375 bilhões, 6,09% mais que no mesmo período de 2004.Na comparação com junho, no entanto, houve queda de 5,74%.

Segundo o secretário-adjunto da Receita, Ricardo Pinheiro, o resultado "está alinhado com o restante da economia, que se mantém alvissareira mesmo com toda essa situação", referindo-se à crise política. Pinheiro também afirmou que a arrecadação tributária está acima das expectativas e das necessidades para fazer face aos gastos e investimentos públicos.

O crescimento das receitas em julho foi resultado do aumento no recolhimento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) de 4,27%, e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 12,66%, principalmente nos setores de telecomunicações de extração de minerais metálicos, intermediação financeira e eletricidade. A comparação é com julho de 2004. Também subiu a arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) de remessas ao exterior (40,89%).

A arrecadação foi ajudada também por uma receita atípica relativa à remessas a o exterior de rendimentos e juros sobre capital próprio, no valor de R$ 250 milhões.

Contribuiu ainda para o resultado de julho o aumento no recolhimento da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e PIS-Pasep. As receitas da Cofins aumentaram 12 07% na comparação com julho de 2004. As do PIS aumentaram 13 89%.

Por outro lado, apresentaram queda na arrecadação, em julho, o Imposto de Importação (17,02%), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) (14,07%) e o Imposto de Renda Retido na Fonte sobre rendimentos de capital (15,18%).

Segundo Pinheiro, a queda na arrecadação do Imposto de Importação em julho decorre da valorização do real ante o dólar, de 21,84% em relação a julho de 2004. "Mas não é uma perda ruim; é um tipo de queda que não nos preocupa porque é um tributo regulatório", afirmou.

A queda da arrecadação na comparação com junho de 2005 é explicada pelo fato de que, em junho, as empresas fizeram recolhimentos semestrais de Imposto de Renda na Fonte sobre Ganhos de Capital. Também pagaram a cota única ou primeira cota do IRPJ e da CSLL referentes aos resultados do segundo trimestre. Além disso, o mês de julho teve quatro semanas, enquanto junho teve cinco. Isso influencia no recolhimento de tributos como o IR na fonte sobre salários e a Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF).

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