O ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, afirmou há pouco que o almoço do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os líderes aliados, inicialmente previsto para hoje, foi “adiado, e não cancelado”. Segundo o ministro, o adiamento foi decidido “por conveniência do anfitrião (o presidente da Câmara, deputado petista João Paulo Cunha) e dos convidados.”
Rebelo informou que o governo está tentando uma saída negociada para destrancar a pauta do plenário da Câmara e retomar as votações. “Estamos num momento de reorganização, e isso exige diálogo com a base”. Em relação à liberação de recursos do Orçamento, uma das principais cobranças dos parlamentares da base aliada, Rebelo disse que já foi paga neste ano a quantia de R$ 400 milhões e que, além disso, o governo já empenhou R$ 1 bilhão.
O ministro afirmou, porém, que “não é matéria de interesse direto do governo” a tramitação da proposta de emenda constitucional (PEC) que permite a reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado, outro ponto que está dificultando entendimento entre os partidos aliados. Mas reconheceu que “o governo quer uma solução (para a PEC), pois isso ajuda a desobstruir a pauta.” Rebelo lembrou que PMDB, por exemplo, é contra a reeleição – uma posição já assumida pela Executiva Nacional do partido.