Rebelo diz que agenda de votações será definida na próxima semana

No primeiro dia de trabalho como presidente da Câmara, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) foi ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal (STF), para reuniões com os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nelson Jobim. De acordo com Rebelo, as visitas foram "protocolares".

Teriam ficado de fora das conversas as votações, na Câmara, de matérias de interesse do Executivo e do Judiciário. "Vamos tratar disso em reuniões na próxima semana", avisou Rebelo. "Com o presidente Lula, conversei sobre politica em geral, nada especifico. E sobre futebol, como sempre, sobre Corínthians e Palmeiras. Só falamos bem de todos", acrescentou.

O presidente da Câmara, que hoje também fez sua primeira reunião com os líderes partidários, marcou para terça-feira um novo encontro para acertar a pauta prioritária da Casa. Ele pediu às lideranças que consultassem os parlamentares durante o final de semana e verificassem o melhor caminho para a retomada das votações.

A pauta da Câmara está trancada por cinco medidas provisórias. "O importante para a Casa é ter agenda. Convocar reuniões que são frustradas pela divergência nos leva à paralisia. O melhor caminho para a retomada das votações na Câmara é o entendimento", avaliou Aldo Rebelo.

A votação da reforma eleitoral estará entre os assuntos a serem discutidos na terça-feira, durante a reunião de líderes com o presidente da Câmara. O prazo para que as novas regras valham para as próximas eleições termina amanhã (30) e alguns parlamentares defendem que ele seja ampliado.

Uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nesse sentido já foi apresentada pelo deputado Ney Lopes (PFL-RN) e está sob análise na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ). Pelas normas atuais, qualquer mudança nessa legislação precisa ser aprovada um ano antes do pleito.

Rebelo admitiu que a decisão sobre a PEC depende de acerto das lideranças partidárias e dos deputados: "Os lideres estão consultando uns aos outros para dizer, na terça, o que é possivel ser votado. Você pode aprovar mudanças para vigorar não na próxima eleição, mas em 2008. Isso é o que cabe ao colégio de lideres analisar".

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