Queda do desemprego não é milagre, e sim fruto do trabalho, diz Lula

A queda do desemprego e o aumento do rendimento médio da população em dezembro não são milagre, mas resultado do trabalho feito pelo governo. A afirmação foi feita hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Castilho, no interior de São Paulo. No local, o presidente participou do lançamento de uma linha de crédito habitacional para as 12 mil famílias assentadas no estado.

A pesquisa mensal de emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada ontem (26), constatou que o número de desempregados nas seis principais regiões metropolitanas do país diminuiu de 2,131 milhões em novembro para 1,840 milhão em dezembro. Pela primeira vez, desde a implantação da consulta, em março de 2002, o resultado mensal ficou abaixo da faixa de dois milhões de pessoas. O IBGE detectou aumento no rendimento médio da população ocupada que avançou 1,8% em relação a novembro, situando-se em R$ 995,40.

"É tudo que nós queremos, agora, ninguém pode fazer isso por milagre. Isso tem que ser construído e nós estamos construindo com muita tranqüilidade", afirmou Lula. "Nós estamos dizendo: aqueles que são pessimistas vão perder o discurso porque as coisas estão acontecendo. O ano de 2006 vai ser um ano muito importante", acrescentou.

O presidente destacou que, pela primeira vez, o governo e as centrais sindicais firmaram acordo para criação de um grupo com o objetivo de estudar uma política permanente de reajuste do salário mínimo. Questionado por um jornalista se o acordo significa que irá concorrer à reeleição, Lula afirmou que não há relação entre os dois assuntos. "Não significa nada. Significa que nós apenas cumprimos com nosso compromisso com os trabalhadores que ganham salário mínimo. A questão da eleição vai se dar mais para a frente e vai passar pelos partidos políticos".

Lula voltou a dizer que não decidiu ainda se irá concorrer novamente à presidência. "Tenho que governar o Brasil até 31 de dezembro. Se eu tiver que ser candidato ou não, a decisão só precisa ser tomada depois da convenção oficial do partido. Portanto, até lá, eu vou viajar o Brasil. O que não pode é alguém tentar impedir que eu viaje", afirmou.

Voltar ao topo