PT estará em boas mãos com Berzoini ou Pont, avalia Mercadante

O líder do governo no Senado, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), afirmou que a presidência do PT estará em boas mãos tanto com Ricardo Berzoini como com Raul Pont. Ele votou há pouco no diretório zonal de Pinheiros, em São Paulo. Para o senador, o principal desafio do futuro presidente do partido será reformular procedimentos internos para que não se repitam episódios que culminaram no escândalo político deste ano.

Perguntado se apoiaria a renúncia dos deputados envolvidos nas denúncias, Mercadante avaliou que a decisão é de cada um deles. "O mandato pertence a cada parlamentar, mas a legenda pertence ao PT", disse. Segundo o senador, se os parlamentares que renunciarem se apresentarem como candidatos na próxima convenção do PT será necessário que mostrem argumentos muito fortes para se elegerem de novo.

Sobre as acusações de tráfego de influência contra o irmão do presidente Lula, Genival Inácio da Silva, Mercadante fez uma advertência: "A família do presidente é muito numerosa, mas deve se contentar com a honra de tê-lo como presidente." O senador disse que a tentativa de influenciar decisões do governo não surtiu efeito.

Ele disse que os familiares dos políticos não deveriam ser envolvidos nas denúncias, referindo-se ao filho de José Dirceu. Há denúncias sobre ajuda da Casa Civil da presidência a Zeca Dirceu para a obtenção de verbas no Paraná. "É por isso que defendi a filha de Alckmin e a filha do prefeito José Serra contra acusações que não tinham cabimento."

Defensor da candidatura do ex-ministro Berzoini, Mercadante afirmou que as eleições para a presidência do PT não estão decididas. "Só com a abertura das urnas."

Também votou no diretório zonal de Pinheiros Marco Aurélio Garcia, chefe da assessoria especial do presidente da República. Ele disse que o desafio do novo presidente do partido é promover uma reconciliação entre as diversas correntes. "Não basta ter uma maioria reduzida, é preciso ter um acordo que una a todos." Garcia afirmou que o partido terá de refazer suas relações com o governo e tentar recuperar a imagem perante a opinião pública.

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