PT está no “atacado” da corrupção, diz José Jorge

O candidato a vice-presidente da República na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB-SP), senador José Jorge (PFL-PE), afirmou que o PT entrou "no atacado" dos esquemas de corrupção, ao comentar a ausência de parlamentares petistas na lista da CPI dos Sanguessugas de parlamentares acusados de envolvimento com a compra superfaturada de ambulâncias. "Não tinha petista porque era uma coisa do baixo clero, muitos deputados evangélicos, praticamente desconhecidos", observou. "O PT entrou nos maiores, entrou no atacado.

"Não foi a base, mas a cúpula do partido que entrou no esquema do mensalão e casos como o dólar na cueca", disse. "Foi o presidente da Câmara de Deputados (João Paulo Cunha), o ex-ministro (Casa Civil) José Dirceu, o presidente do partido, (José) Genoino, o secretário do partido, Silvinho, o tesoureiro do partido, Delúbio Soares e o ministro Palocci (Fazenda).

Ao contrário do PFL, que deverá punir os deputados comprovadamente envolvidos, o PT "não puniu os mensaleiro", disse Jorge. Diante do pedido de cassação de petistas pelo Conselho de ética da Câmara, "eles trabalharam junto com o presidente Lula e o governo para absolvê-los se utilizando do voto secreto", afirmou

Heloísa Helena

Ao comentar pesquisa do Datafolha que apontou crescimento da candidatura da senadora Heloísa Helena (P-Sol) de 6% para 10% na preferência do eleitorado, José Jorge revelou estar "torcendo" para que ela e outros candidatos a presidente cresçam, garantindo o segundo turno entre Lula e Geraldo Alckmin. "Heloísa Helena não tira o lugar de Alckmin, ela tira voto de Lula", comentou

Confiante que as pesquisas indicarão segundo turno já no início do horário eleitoral gratuito na televisão, a começar em 17 de agosto, o senador defende que o presidente Lula deve participar de todos os debates com os candidatos. "Na eleição passada, quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso não quis participar de alguns debates, Lula disse que era covardia", lembrou. "Ele não tem porque não ir, tem experiência de debates e, como presidente, tem muito a explicar.

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