Provopar promove oficinas de artesanato para adolescentes em conflito com a lei

O Provopar Ação Social pretende realizar a partir da próxima semana quatro oficinas de artesanato no Educandário São Francisco, em Piraquara, e na Unidade Social Oficial Joana Miguel Richa, em Curitiba, responsáveis pelo atendimento a adolescentes autores de ato infracional na faixa etária de 12 a 18 anos, com medida sócio-educativa de internação.

Representantes do Provopar estiveram nesta quarta-feira (2) na Unidade Joana Richa para discutir e definir com as 22 adolescentes internas as oficinas que serão realizadas ainda este mês. ?Levamos produtos de várias técnicas, como tear, fibras, madeira, purunga e cerâmica, para que as próprias internas e a direção do educandário decidissem quais oficinas gostariam de ter. A maioria optou pela oficina de tear e colagem de palha de trigo?, revelou Iramar Diório Hermógenes, coordenador do programa ?Arte Nossa? do Provopar.

Em sua opinião, as oficinas de artesanato são importantes para manter as adolescentes ocupadas e, ao mesmo tempo, propiciar ?no futuro uma fonte de renda e atividade, para que não voltem a praticar delitos?. A coordenadora de qualificação do Iasp ? Instituto de Ação Social do Paraná, Sônia Virmond, afirma que essas oficinas têm caráter terapêutico ocupacional. ?São importantes para completar o ciclo educacional já estruturado nas unidades e que, mais tarde, até mesmo pela ótima qualidade dos cursos, podem resultar em fonte de renda para esses adolescentes?.

Iramar revelou que, na próxima semana, uma equipe de técnicos do Provopar pretende discutir e definir as oficinas de artesanato que serão realizadas no Educandário São Francisco, em Piraquara. ?O processo é o mesmo. Cabe aos internos e a direção do educandário definir quais as oficinas de artesanato que gostariam de freqüentar. A partir daí, iniciamos o processo para a implantação dessas oficinas, a exemplo do que já estamos fazendo no sistema penitenciário, com ótimos resultados?, destacou.

As primeiras oficinas de artesanato do Provopar foram implantadas na Penitenciária Feminina, em Piraquara. Ali estão sendo realizadas três oficinas: mosaico, cerâmica e cestaria com jornal. No próximo dia 7 (segunda-feira), acontece o encerramento da oficina de mosaico, com a entrega de certificados para as formandas. No mesmo dia serão iniciadas as oficinas de cerâmica e mosaico na Casa de Custódia, na Cidade Industrial, em Curitiba. Os cursos duram em média de 60 a 80 horas/aula.

Teares

Iramar revelou ainda que a presidente do Provopar, Lucia Arruda, acaba de firmar convênio com a Secretaria de Justiça e Cidadania para que os presos de Piraquara venham a produzir, inicialmente, 500 teares.

?Os teares serão usados nos projetos de geração de renda apoiados pelo Provopar, como o ?Bairro que faz?, em Jacarezinho, onde centenas de mulheres participam da confecção de tapetes e vários outros objetos?, disse Lucia Arruda, que no ano passado liberou 100 teares para o projeto de Jacarezinho.

Os teares fabricados pelos presos serão colocados a disposição da população nas lojas do Provopar por um custo inferior ao mercado. Atualmente, um tear é vendido por R$ 310,00. O preço nas lojas do Provopar deve variar de R$ 150,00 a R$ 180,00.

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