Projeto de biodiesel vai gerar mais emprego

Manter os agricultores no campo, oferecer alternativas de trabalho e renda para eles e torná-los mais competitivos são os focos defendidos pelo secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, padre Roque Zimmermann, diante do convite para participar de uma parceria ampla num programa de biodiesel no Paraná.

A proposta é do economista e jornalista Emílio de Lima, que coordenou um grupo para a elaboração de teses e programas já na campanha eleitoral do governador Roberto Requião. ?A tecnologia pode contribuir muito para se ter uma sociedade baseada em uma democracia agrícola. É a oportunidade de se agregar valores aos produtos agrícolas?, divulga o economista.

Segundo Emílio, o programa de biodiesel não foi alavancado até agora porque faltava uma legislação para viabilizá-lo. ?Embora modesta, hoje essa lei existe. É um passo?, aposta. ?Qualquer lei é uma porta que se abre. A partir dela pode-se ampliar. É mais fácil fazer uma emenda, depois que já existe uma lei. É mais fácil corrigir as distorções?, incentiva padre Roque. ?Vamos procurar outros segmentos e propor alguma coisa preliminar, que nos permita avançar. Devemos ouvir todo mundo?, planeja Emílio, referindo-se principalmente ao segmento já comprometido com a cultura de girassol como bioenergia.

Padre Roque diz que a sua secretaria tem interesse nessa parceria, mas faz algumas ressalvas. ?Vejo não apenas pelo prisma energético, mas no de gerador de emprego e trabalho. É importante que se faça uma coisa consolidada. Na produção, não vejo grande problema. Temos condições de motivar a produção, que acontecerá se houver demanda final. Mas vejo pontos de estrangulação na legislação e distribuição. O grande problema do pequeno agricultor é se o ciclo não se completar, e outra grande preocupação minha é para que o filão não caia nas mãos dos grande produtores?, preocupa-se o secretário.

Voltar ao topo