Professores pedem a Lula aumento do piso de R$ 850

Um dia depois de anunciar o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi pressionado a receber representantes dos 12 mil trabalhadores do setor, que fizeram uma imensa passeata na Esplanada dos Ministérios. Os professores criticaram o texto enviado ao Congresso com o projeto de criação do piso nacional da categoria de R$ 850, em 2010, uma das principais medidas do pacote da educação. Eles querem R$ 1050 de piso para o ensino médio e R$ 1500 para ensino superior e o PDE oferece R$ 850 para todos os níveis.

Segundo a presidente nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Juçara Dutra Vieira, o atual piso "não é real porque é formado por um penduricalho de coisas, como vales transporte e refeição, abonos, horas extras, entre outros". Ela disse ainda que o projeto "não vai proporcionar a esperada mudança na realidade dos estados e municípios", que vão usar artifícios para não pagar o piso. Disse ainda que o lançamento do plano foi "inoportuno" e "desigual" porque tentou esvaziar o movimento com o chamamento da mídia para o seu lançamento.

Lula disse para os sindicalistas procurarem o ministro da Educação, Fernando Haddad, e informou que a categoria deve buscar melhorias do projeto no Congresso, lembrando que recomendará que a base aliada estude as mudanças. Juçara contou que Lula cobrou dos sindicalistas o porquê deles não negociaram as mudanças que queriam com o ministro. "Os trabalhadores reclamam muito do meu governo." Juçara justificou que é natural que se eleve o tom das cobranças de um governo popular exigindo que a qualidade da agenda mude.

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