Professora grávida é morta no Rio de Janeiro na frente da filha

A professora Roberta de Cássio da Fonseca, de 29 anos, foi assassinada a tiros na frente da filha de 4 anos quando saía de casa nesta quinta-feira (9), em Vigário Geral, na zona norte do Rio. Roberta estava grávida de dois meses de outra menina e tinha casamento marcado para sábado. O ex-marido dela, o comerciante André Luiz Guedes, de 34 anos, foi indiciado como mandante do crime.

Roberta e Guedes disputavam na Justiça a guarda da filha. Ele insistia para que o casamento fosse reatado, mas a professora não queria. Os desentendimentos entre eles aumentaram quando Roberta começou a namorar. O comerciante ameaçou matar a professora e a agredia verbalmente, contaram parentes e amigos à polícia. Ele não chegou a agredi-la fisicamente, mas Roberta registrar queixa sobre as ameaças na Delegacia de Atendimento à Mulher.

Ela saía de casa com a filha em seu Palio azul e seguia para a escola em que trabalhava, em Rocha Miranda. Roberta foi abordada na Rua Júpiter, a poucos metros do local em que morava, por dois homens num Gol branco, com vidros escuros. Um deles desceu do carro e disparou cinco tiros. Quatro atingiram a professora – três no tórax e um no abdome. Roberta morreu na hora. A filha estava no banco traseiro e não foi atingida. A menina entrou em estado de choque.

"O crime foi passional. O marido não suportou o fato de ela ter ficado com outra pessoa e decidiu assassiná-la", disse o delegado Marcus Neves, da 38ª Delegacia de Polícia (Brás de Pina). De acordo com o delegado, Guedes negou ser o mandante do assassinato, mas uma testemunha viu o carro usado no crime estacionado na casa do acusado. A prisão temporária do comerciante foi pedida à Justiça. Um dos assassinos foi identificado. A polícia está à procura dele.

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