Produtores de uva de Marialva buscam avanços tecnológicos

Para garantir expansão do mercado consumidor de sua maior riqueza agrícola municipal, a uva fina de mesa com qualidade, o município de Marialva realizou nesta quinta-feira (13) o 19º Encontro de Viticultores com 380 participantes locais, inclusive de representantes de associações do Norte e Noroeste do Paraná. ?Estamos neste evento passando os resultados de ensaios de pesquisas realizadas na área de insumos e de fisiologia da cultura, obtidos em parceria com as Universidades de Maringá, Londrina, Embrapa Uva e Vinho, Iapar e demais empresas da cadeia produtiva?, explicou o engenheiro agrônomo Édio Akio Mituy, presidente da Associação Norte Paranaense de Estudos em Fruticultura (Anpef).

Dentre os avanços tecnológicos que colocam Marialva como pólo irradiador, estão a estrutura permanente de cobertura de proteção das parreiras com sombrite, a redução de agrotóxicos no volume do produto e no número de aplicações e a fiscalização de controle de qualidade. Estas medidas foram implantadas desde o ano passado por decreto municipal, aponta o dirigente da Anpef, que juntamente com o Governo do Paraná, Secretaria da Agricultura e Prefeitura, promovem e realizam as edições anuais do encontro.

Empregos e economia sólida

Herança da comunidade japonesa na década de 60, a viticultura local cresceu por viabilizar e manter as pequenas e médias propriedades rurais após a derrocada do café na geada-negra de 1975 e da conseqüente entrada da intensa mecanização agrícola na produção de grãos, lembra o engenheiro agrônomo Luiz Carlos Stefano, secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente.

Vários fatores contribuíram para a expansão e consolidação de tornar Marialva a Capital da Uva Fina de Mesa do Paraná. Dentre eles, assegura o secretário, estão o trabalho de fomento da atividade, realizado ao longo de 17 anos pelo agrônomo José Odair Mazzia da Emater e a criação da Anpef, em 1996 e sede em Marialva, com 30 associados da categoria agronômica, que tem por objetivo prestar consultoria técnica aos produtores e difundir as novas tecnologias em viticultura.

Marialva conta com 750 parreirais que ocupam 1,4 mil hectares, envolvendo 1,1 mil famílias no processo produtivo, com a produção de duas safras totalizando 40 mil toneladas por ano. O padrão tecnológico adotado possibilita a produtividade média atual de 20 mil quilos por hectare na safra. ?Dos R$ 120 milhões anuais injetados na economia local, 50% provém da uva, que emprega 5,5 mil pessoas e indiretamente proporciona 7,5 mil empregos?, afirma Stefano, ao destacar o município dentre os 30 da região, apontando crescimento populacional no meio rural, registrado pelo último censo demográfico do IBGE.

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