Produtores de milho perdem R$ 237 milhões no Paraná

  Arquivo / O Estado
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A região mais atingida pela seca é o Sudoeste do estado, onde se estima
que 50% do milho esteja perdido.

Londrina – A falta de chuvas já provocou prejuízos de R$ 237 milhões somente nas lavouras de milho, a cultura mais afetada no Paraná, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), órgão da Secretaria de Agricultura. A estimativa inicial é de que se tenha perdido 1,2 milhão de toneladas, o equivalente a 13% dos 88 milhões de toneladas de milho que se esperava colher nesta primeira safra. A região mais atingida pela seca – iniciada justamente no período de floração do milho, em dezembro – é o Sudoeste do estado, onde se estima que 50% do milho esteja perdido.

A soja também está sendo prejudicada, mas em escala significativamente menor – apenas 3%, segundo o Deral. A estiagem tem poupado até o momento apenas a região Norte. No Centro-Oeste, a perda nas lavouras de milho é de 22%; no Oeste, de 13%; no Sul, de 11%; e no Norte, apenas 3%.

A estiagem também prejudica as pastagens e a produção de verduras. O clima seco exige maior irrigação e, assim, compromete a qualidade das verduras. Somente o feijão está sendo beneficiado, já que está em fase de colheita. Mas, se não chover logo, essa cultura e também o milho de segunda safra não poderão ser plantados.

Segundo o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), o armazenamento de água no solo é menor que 50% da capacidade em quase todo o Estado. A condição crítica – menos que 25% da água disponível – já é verificada na região Oeste, que concentra a maior área cultivada do Estado. Se não chover de 30 a 50 milímetros em curto prazo, adverte o Iapar, poderão ocorrer perdas significativas de produtividade.

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