Presos policiais suspeitos de assassinato no Guarujá

São Paulo, 06 (AE) – Foram presos hoje dois suspeitos do assassinato do empresário Antônio Ribeiro Filho, de 63 anos, ocorrido na manhã de quinta-feira, na Praia de Pitangueiras, Guarujá. Eduardo Minari Higa e Ezequiel Leite Furtado são policiais civis de Mato Grosso do Sul, que estavam na cidade sem o conhecimento da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) daquele Estado. Um dos suspeitos ainda atua como investigador e o outro é policial reformado. Os dois foram encaminhados ao presídio da Polícia Civil, na Capital.

“Entramos em contato com a polícia do Mato Grosso do Sul e, para nossa surpresa, recebemos a informação de que os dois não estavam no Guarujá a serviço. Durante o interrogatório, eles negaram a autoria do crime e disseram estar aqui atrás de um estelionatário que devia uma alta quantia para a empresa de segurança na qual eles trabalhavam, no Mato Grosso do Sul”, contou o delegado Rui Augusto Silva.

Hoje, o delegado voltou ao flat onde Ribeiro Filho morava com a família havia cinco anos – e onde os investigadores estavam hospedados -, para conversar com os funcionários e checar a veracidade do depoimento dos policiais. Segundo Silva, existem algumas contradições. Duas pessoas já foram ouvidas. A polícia espera agora conseguir informações de mais três testemunhas. “Estamos à procura dessas pessoas. Recebemos informações de que elas caminhavam pela praia na hora do crime. São peças importantes no reconhecimento dos assassinos.”

Outra testemunha chave é o taxista que levou os policiais à rodoviária, após o encerramento da conta no flat. De acordo com a polícia, o taxista disse, preliminarmente, que, durante o percurso, os homens pareciam nervosos. O depoimento formal só deve ocorrer na segunda-feira.

Ainda de acordo com o delegado, as duas armas calibre 40 apreendidas pela equipe de investigadores em poder dos suspeitos não devem ter sido usadas no crime. ” Acho que eles se desfizeram da arma no dia”, disse Silva. Mesmo assim, os revólveres serão confrontados com os projéteis que atingiram a vitima. Também será realizado exame residuográfico nas mãos dos policiais, para detectar vestígios de pólvora e chumbo.

Um dia antes de ser morto, o empresário teve o telefone do seu escritório, em São Paulo, grampeado. Os policiais querem saber quem foi o responsável pelo grampo.

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