Preso em Fortaleza mais um suspeito do roubo ao BC

Fortaleza (AE) – A Polícia Federal prendeu, em Fortaleza, mais um suspeito de envolvimento no furto milionário ao Banco Central. Francisco Álvaro de Carvalho Lima, dono de uma revenda de celulares, é acusado de ter recebido R$ 200 mil de um dos bandidos envolvidos no caso do BC, o vigilante Deusimar Neves Queiroz, que está preso preventivamente na PF sob a acusação de ter fornecido informações sobre o interior do cofre à quadrilha.

Francisco foi preso ontem (27) à noite na casa dele, no bairro Vila Velha. De acordo com o advogado dele, Paulo César Pimentel, o comerciante apenas teria recebido R$ 200 mil de Deusimar, de quem era amigo, para ficar "movimentando" o dinheiro. Segundo Pimentel, seu cliente logo devolveu o dinheiro para o amigo.

"Quando o Deusimar foi preso, ele (Francisco) se apresentou espontaneamente como testemunha e devolveu R$ 15 mil em cheques que estavam em seu poder", disse o advogado.

Francisco, Deusimar e os cinco homens presos dia 28 de setembro, em uma casa da Avenida Perimetral, com R$ 12 milhões furtados do BC, estão depondo desde as 9 horas da manhã desta sexta-feira (28) na Justiça Federal.

Apelidos

O ladrão Luiz Fernando Ribeiro, seqüestrado em São Paulo e encontrado morto em Minas Gerais, não era conhecido como "Fé", mas sim como "Fernandinho", segundo informou hoje (28) a assessoria de imprensa da Justiça Federal, no Ceará. "Fê" é o apelido de Fernando Carvalho Pereira, também suspeito de ter participado no furto dos 164,7 milhões do Banco Central, em Fortaleza, na primeira semana de agosto.

O Fernando morto, o Fernandinho, teria, segundo a Polícia Federal, ajudado a financiar com R$ 300 mil a construção do túnel de 78 metros por onde a quadrilha levou o dinheiro do BC. De acordo com a polícia, ele ficou com R$ 25 milhões do dinheiro roubado. Segundo o delegado Paulo Sidney Leite de Oliveira, da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (Delepati), Luiz Fernando Ribeiro esteve em Fortaleza durante o tempo que durou a escavação do túnel que partiu da casa situada na Rua 25 de Março, 1071, no Centro, a cerca de um quarteirão do Banco Central (BC), onde foi montada a empresa de fachada Grama Sintética. Nesse período, ele residiu em um apartamento localizado no bairro Meireles, a dois quarteirões do antigo Hotel Esplanada, na Avenida Beira-Mar. Lá também moravam o mineiro Davi Silvano da Silva e o paulistano Marcos de França. O outro Fernando, o "Fê, está foragido.

Ainda segundo a PF, a quadrilha que furtou o BC tem 23 integrantes. Até agora, pouco mais de R$ 18 milhões foram recuperados e 13 pessoas foram denunciadas, das quais oito estão presas na carceragem da PF em Fortaleza.

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