O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança hoje (6) o programa de recuperação da Brasil Ferrovias, em Campinas (SP). O grupo privado é formado pelas empresas Ferroban, Ferronorte e Novoeste.
Os recursos aplicados chegarão a R$ 1,5 bilhão, divididos entre os acionistas e o governo, segundo o Ministério dos Transportes. Desse total, R$ 446 milhões em dívidas do grupo vão ser convertidos em capital e R$ 375 milhões virão dos acionistas. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberará R$ 647 milhões ? R$ 265 milhões em empréstimos e o resto em investimento.
O dinheiro será usado na manutenção das linhas, reforma de vagões e compra de locomotivas. O grupo ferroviário sofrerá também uma divisão. A Novoeste vai constituir uma nova empresa com o nome de Novoeste Brasil. Os fundos de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ) e da Caixa Econômica Federal (Funcef) terão as maiores participações no controle da nova empresa ?cada um com 20,8% das ações.
De acordo com o ministério, a reestruturação da Brasil Ferrovias poderá atrair investimentos de até R$ 2,4 bilhões nos próximos quatro anos. O grupo possui 4.500 quilômetros de linhas que cortam os estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, conforme informações do Palácio do Planalto. As linhas interligam ainda a Bolívia e o Paraguai ao maior porto da América Latina, o Porto de Santos.