Presidente do Senado lamenta troca-troca partidário

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), lamentou hoje o troca-troca
partidário que tem afetado o PMDB. Segundo o senador, o Brasil perde com "a
briga interna" entre os peemedebistas. A situação, na avaliação do senador,
demonstra a urgência da reforma política."Essa coisa do troca-troca, da
migração, da locação, do aluguel, contaminava as legendas menos expressivas e
começa, agora, a contaminar as grandes legendas. Pelo amor de Deus, isso tem que
acabar", afirmou.

Durante um café da manhã com jornalista, hoje, o
senador ressaltou que a reforma política, com a criação da clausula de barreira,
pode, sobretudo, acabar com os pequenos partidos de aluguel. "Claro que, na
conjuntura nacional, isso começa a contaminar os outros partidos, os maiores
partidos. O PMDB é um pouco vítima disso", afirmou.

Calheiros lembrou
que o PMDB é um grande partido com 17 candidatos favoritos nos estados. Segundo
ele, o atual presidente, deputado Michel Temer (SP), precisa agir com isenção e
deve voltar a ser um magistrado. "O presidente não pode ser a vanguarda de uma
única corrente", destacou. O parlamentar alagoano disse que deve trabalhar pela
convergência e que, na hora em que o PMDB é essencial para governabilidade, o
partido não pode minimizar seu papel.

Entre as mudanças previstas na
reforma política, em análise na Câmara, estão o financiamento público de
campanhas; a implantação das listas fechadas, pelas quais o eleitor passará a
votar em chapas organizadas pelas convenções partidárias; e o fim das coligações
nas eleições proporcionais, com a criação de federações partidárias, às quais os
partidos deverão permanecer filiados por no mínimo três anos.

A reforma
também institui a cláusula de barreira, pela qual um partido, para eleger um
deputado federal, precisa obter 2% dos votos do eleitorado nacional distribuído,
em pelo menos, nove estados.

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