Presidente do BC diz que são boas as perspectivas de crescimento para 2006

Rio – O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou hoje (3) que, apesar do nível de crescimento econômico ter ficado um pouco abaixo do esperado em 2005, a expectativa para para este ano é boa. Meirelles disse que 2005 foi "um ano de ajustes", mas ressaltou que é preciso olhar também 2006 e ver que "as perspectivas são excelentes".

Em comparação com os resultados de 2004, o desempenho do Brasil foi elevado, ficando acima de boa parte dos países emergentes. "Na média, vamos ver que o crescimento brasileiro está aumentando em relação ao passado e está se aproximando dos patamares que prevalecem nos países que têm sucesso econômico", afirmou Meirelles, na Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro.

Segundo Meirelles, a colaboração que o Banco Central pode dar para o crescimento da economia é uma inflação baixa e estável, "portanto, uma inflação convergindo para as metas". Ele disse que cabe ao restante da sociedade dar continuidade ao esforço que já está fazendo, "para que tudo continue a melhorar, e o Brasil possa crescer cada vez mais".

Meirelles lembrou que "não existe país que cresça com inflação alta". Indagado se a pressão de inflação no início do ano poderia afetar a trajetória de queda dos juros, ele disse que a equipe do Banco Central não faz comentários sobre dados pontuais de inflação, mas ressaltou que isso não significa que não esteja analisando o comportamento inflacionário. "O banqueiro central, por definição, está sempre preocupado com tudo", afirmou.

Sobre a reforma da legislação cambial, para permitir que entrem mais recursos estrangeiros no Brasil, ele comentou que esse processo de modernização das leis é parte do esforço do país para aumentar as exportações e a corrente de comércio."Isso é importante para o país, da mesma maneira o aumento dos investimentos externos".

De acordo com o presidente do Banco Central, a política cambial segue as linhas determinadas em janeiro de 2004, com os objetivos de continuar aumentando o nível de reservas internacionais, de um lado, e a diminuição da exposição ao câmbio, de outra parte. "Essa é a política que o Banco Central tem seguido".

Henrique Meirelles comentou também a decisão de reduzir o número de reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). Segundo ele, a medida resulta de uma maior estabilidade da economia brasileira, que permite que as reuniões do Copom possam ser mais espaçadas.

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