Prenúncio do choque

São freqüentes neste espaço os comentários sobre as instabilidades registradas no mercado mundial do petróleo, com toda a razão interpretadas pelos analistas como o prenúncio do terceiro choque mundial da commodity.

Ainda em 2005, com base nos sinais emitidos pelos contratos de opções negociados na Bolsa Mercantil de Nova York, os preços internacionais do petróleo poderão chegar à casa dos US$ 80 por barril.

A especulação foi formulada por investidores convencidos que a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) não demonstra interesse em produzir volumes suficientes para cobrir a ocorrência de eventuais crises de desabastecimento.

O preço do petróleo disparou ainda mais em função da controvérsia alimentada pelo programa nuclear do Irã, destinado à produção de energia elétrica, mas com potencial inflamável para desencadear um conflito com os Estados Unidos, interrompendo o fornecimento de petróleo originário do Oriente Médio.

A Opep é responsável por 40% da produção mundial de petróleo e trabalha hoje no pico de sua capacidade instalada de extração, tendo em vista a formação de estoques para o quarto trimestre, quando a demanda mundial atinge o grau máximo. No final de junho, os contratos de petróleo bruto em Nova York bateram o recorde de US$ 60,95, ensejando previsões sombrias sobre o crescimento da economia global.

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