PPS sinaliza aproximação da aliança PSDB-PFL

O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (PE), disse nesta quinta-feira que "é bem provável" que o partido se coligue formalmente com o PSDB e o PFL, na aliança que tem o tucano Geraldo Alckmin como candidato à Presidência. Freire, que desistiu de sua pré-candidatura presidencial, ressaltou que a decisão final será tomada pela convenção nacional do partido. Mas após se reunir com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), no Palácio das Mangabeiras, em Belo Horizonte, tratou o assunto como um fato consumado.

"É uma decisão da convenção nacional, mas eu posso antecipar que é bem provável que isso ocorra", afirmou o presidente do PPS, que confirmou o apoio formal do partido em Minas à reeleição de Aécio. Ele observou que a aliança com os tucanos é a que encontra mais eco nos estados. "Eu creio que também em nível nacional nós teremos uma coligação com o PSDB".

O governador mineiro comemorou o eventual embarque do PPS na candidatura de Alckmin. Na sua opinião, o presidenciável tucano ganhará um "combustível acessório" que faltava à sua candidatura que passará a ter "um perfil mais adequado" para enfrentar o debate político com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Aécio enxerga na adesão do PPS a abertura de um "leque no campo ideológico" – "no espaço da esquerda democrática" -, algo necessário à candidatura oposicionista.

"Acho que ele (o PPS) traz esse componente, um componente importante porque nos permitirá trafegar nesse espectro ideológico com muito mais facilidade. E talvez esse espaço ainda não tivesse sendo ocupado coma consistência que poderia ser apenas pelo PSDB e pelo PFL. Tem muito mais do que um efeito eleitoral, tem um efeito político", disse. "Dá um bom tempero à chapa de Geraldo Alckmin".

Na mesma linha, Freire observou que, no plano federal, o PPS está "muito junto do PSDB". E disse que vislumbra a construção no futuro uma "nova formação política democrática de esquerda", que incluiria setores do PMDB.

Voltar ao topo