PPS adia decisão sobre eleição para a presidência da Câmara

A bancada do PPS na Câmara dos Deputados adiou a decisão sobre qual candidato o partido vai apoiar na eleição para a presidência da Casa. Depois de quase quatro horas de reunião, a bancada optou por divulgar uma nota oficial na qual os parlamentares afirmam que a legenda "se mostra tendente" a apoiar o princípio da proporcionalidade partidária para a eleição da Mesa, no dia 14 de fevereiro. Uma nova reunião com os 22 parlamentares que compõem a bancada deve anteceder a eleição, para que os deputados definam sua posição.

O líder do partido, Júlio Delgado (MG), reafirmou que deve votar no deputado mineiro Virgílio Guimarães, candidato avulso do PT. No entanto, há um indicativo dos parlamentares de que o PPS deve respeitar o princípio da proporcionalidade e votar no candidato oficial da maior bancada, o petista Luiz Eduardo Greenhalgh (SP). "O PPS tem a tendência de acolher a proporcionalidade estabelecida para a Mesa. A bancada quer respeitar isso, mas submeteu essa decisão à totalidade da bancada", afirmou Delgado.

O presidente do partido, deputado Roberto Freire (PE), por sua vez, afirmou que o PPS "não
tem costume de votar em avulso e que a bancada deve referendar o princípio da proporcionalidade". Freire observou que a opção de Júlio Delgado de votar em Virgílio é pessoal e não deve ser confundida com a posição do partido.

Além de Virgílio Guimarães e Greenhalgh, apresentaram-se para disputar a presidência da Câmara os deputados José Carlos Aleluia (PFL-BA), Severino Cavalcanti (PP-PE) e Jair Bolsonaro (PFL-RJ).

A bancada do PPS também deixou para decidir na próxima reunião se participa do bloco parlamentar que será integrado pelo PDT, PSB, PCdoB e PV. Segundo Delgado, há um indicativo de que o partido deverá participar do bloco.

Sobre a decisão da Executiva Nacional, que estabeleceu o dia 31 de janeiro como prazo final para que os filiados ao PPS que integram o governo Lula entreguem os cargos. Roberto Freire afirmou que a bancada não tem como acomodar o ministro de Integração Nacional, Ciro Gomes, se ele não abandonar o governo. "A decisão é para ser cumprida. Isto está não só no estatuto do partido, mas na nossa história", ressaltou Freire. De acordo com o líder Júlio Delgado, uma comissão de parlamentares do PPS deve procurar o ministro Ciro Gomes para tratar do assunto.

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