Posição do BR na ONU reforça luta histórica pelos direitos humanos

O combate à fome e à pobreza defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na 59o. Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada esta semana, em Nova York, dará impulso a uma luta antiga pelos direitos humanos.

?Crescentemente, nos órgãos das Nações Unidas e na opinião pública mundial, tem se percebido um crescente apoio a esse tipo de colocação. Inúmeras conferências das Nações Unidas apóiam idéias que foram expressadas agora pelo presidente Lula na Assembléia Geral?, avalia o professor do Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp), Mário Presser.

Em seu discurso, durante a abertura da Assembléia Geral, o presidente Lula disse que ?pela segunda vez, dirijo-me a esta assembléia universal para trazer a palavra do Brasil. Carrego um compromisso de vida com os silenciados pela desigualdade, a fome e a desesperança?. Citando as palavras de Franz Fanon (escritor franco-argelino combatente do colonialismo e autor do livro “Os Condenados da Terra”), Lula disse, referindo-se aos excluídos: ?se queres, aí a tens: a liberdade para morrer de fome?.

O professor Mário Presser também destaca a relevância do pronunciamento de Lula na história dos direitos humanos. Em sua opinião, ?essa declaração do presidente deve ser vista em um contexto mais geral de aumento da amplitude dos direitos humanos básicos, inclusive direitos econômicos, sociais e culturais. Essa é uma luta muito antiga. Só para ficar em um período mais recente, desde a Declaração Universal dos Direitos do Homem (da ONU), em 1948, tenta-se incluir, ao lado dos direitos políticos e civis, em igualdade de condições, os direitos econômicos, sociais e culturais básicos, sem grande sucesso?.

Segundo Presser, a posição do Brasil reafirmada pelo presidente Lula faz parte de um movimento maior que ganha cada vez mais força na comunidade internacional. ?A declaração do presidente está dentro dessa onda maior de aumentar o escopo, a amplitude dos direitos humanos e eu acho que será uma plataforma vencedora. Quando? Isso depende da mobilização política de todos nós para que aconteça o mais breve possível?.

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