A proposta orçamentária para 2006 apresentada pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) à Assembléia Legislativa foi aprovada sem ressalvas pelos deputados, através da edição da Lei Orçamentária nº 14977, votada em dezembro do ano passado. Com a aprovação, os deputados avalizam o orçamento de R$ 219,4 milhões propostos pela Appa para aporte de investimentos, gastos e planos de expansão.
Segundo o superintendente em exercício da Appa, o economista Daniel Lúcio de Souza, com os recursos o porto terá amplas condições de cumprir com suas obrigações de custeio, concluir obras em andamento e iniciar novos projetos que vão beneficiar todo o segmento produtivo da região.
?São obras idealizadas pelo superintendente Eduardo Requião e que incentivam o crescimento da atividade portuária e da infra-estrutura logística dos Portos do Paraná. São os maiores investimentos da história da Appa e buscam a criação de novos empregos, competitividade dos produtos operados nos nossos portos e de todo o segmento portuário?, disse Souza.
O orçamento aprovado pelos deputados paranaenses já havia sido apreciado pelos integrantes do Conselho de Autoridade Portuária (CAP), que se manifestaram favoráveis, conforme deliberação ocorrida em reunião ordinária de dezembro passado.
Obras
Os R$ 219,4 milhões do orçamento para 2006 serão alocados em obras que já estão em andamento, como a construção do novo silo graneleiro para 107 mil toneladas (R$ 38,9 milhões); pavimentação e construção de edifícios operacionais na faixa do cais público (R$ 15 milhões) e a fase I do Projeto Cais Oeste (R$ 30,3 milhões), que prevê a remodelação de 820 metros de cais, proporcionando capacidade para receber navios de maior porte.
Os investimentos também servirão para atender a outras obras que estão em processo de licitação ? como os terminais para movimentação de granéis líquidos, minerais, e revitalização do Porto de Antonina ? que visam ampliar a infra-estrutura operacional dos portos paranaenses.
Os investimentos para este ano revelam importante mudança no conceito de gestão pública adotado pela Appa, conforme explica Daniel de Souza. ?Esta filosofia possibilitou aos portos do Paraná capitalizarem-se e investirem como não se via há 30 anos. O último investimento público aconteceu em 1975 com a construção do chamado ?Silão?. Depois disso, somente obras privadas foram sendo feitas e o porto foi sendo esquecido e sucateado. Agora, a Appa mostra que o modelo de porto público funciona, baseado numa visão pública dos objetivos gerenciais, provando que a eficiência não é uma exclusividade da gestão privada?, declarou.