Wilson Picler assume o PDT de Curitiba

O deputado federal Wilson Picler assumiu ontem a presidência do PDT de Curitiba. Vice-presidente do diretório municipal, Picler substitui Jorge Bernardi, que se licenciou para doutorado.

Picler assume o partido no ano da eleição com a missão de fazer crescer a candidatura de Osmar Dias ao governo do Estado na cidade governada por seu provável adversário, Beto Richa (PSDB), onde o tucano tem a maior vantagem nas pesquisas de intenção de votos.

“Vamos trabalhar a cidade de Curitiba, como o Osmar trabalhou todo o Estado no ano passado. Dividimos a cidade em regiões e vamos ouvir o que a população mais necessita”, comentou.

Sobre a definição das alianças, Picler disse que Osmar está em situação privilegiada e que não precisa tomar nenhuma decisão agora. “O que está definido é que Osmar é candidato e ele está construindo seu plano de governo. Os outros partidos sequer definiram seus candidatos. Não sabemos quem serão nosso adversários, ainda não é hora de buscar os aliados”, comentou.

O PDT nacional anuncia hoje apoio oficial à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à presidência da República, mas Picler acredita que, mesmo assim, o partido ainda pode negociar com o PSDB no Estado.

“Hoje, quem mais pede para esperarmos é o PSDB nacional. Se aqui eles estão se reunindo para definir candidato, ótimo, mas nós temos boas conversas com o PSDB nacional. O que queremos é que eles se definam, para sabermos se serão nossos adversários ou aliados”, disse, revelando que o partido se prepara para enfrentar Beto Richa (PSDB) nas eleições de outubro. “Esse é o cenário mais difícil possível e é para ele que estamos nos preparando”.

O deputado disse considerar importante a possibilidade de aliança com o PT e disse não ser contraditório o partido conversar tanto com o PSDB quanto com o PT.

“Somos um partido médio, com nuances de esquerda e de centro, a ponto de sermos procurados pelo presidente Lula (PT) e pelo governador José Serra (PSDB). É maravilhoso termos essas duas possibilidades.

O novo presidente do PDT de Curitiba pediu paciência dos possíveis aliados. “O Osmar apoiou o Beto no ano passado e esperávamos esse reconhecimento. Estamos decepcionados com o tratamento e preparados para enfrentá-los, mas sabemos que, com o apoio do PSDB, decidimos a eleição em 1.º turno, então, não precisamos, agora, optar pelo caminho mais difícil, vamos aguardar a decisão deles. É um jogo de xadrez e não vamos fazer movimentações precipitadas”, declarou.