O vereador de Londrina Rodrigo Gouvêa (PRP) foi preso, ontem, pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), acusado de peculato e constrangimento ilícito.
A prisão preventiva de Gouvêa foi decretada pela juíza da 4º Vara Criminal, Carla Pedalino, após denúncia da promotoria de Proteção ao Patrimônio Público do Ministério Público. Gouvêa foi denunciado por manter funcionária fantasma em seu gabinete e por chantagear testemunha.
Segundo o MP, o vereador manteve em seu gabinete uma pessoa, Maria Aparecida Vieira (também denunciada), nomeada como assessora parlamentar, entre abril e junho deste ano, sem que a mesma aparecesse para trabalhar na Câmara neste período.
A funcionária “fantasma” recebia R$ 2 mil mensais dos cofres públicos sem trabalhar. “O objetivo de Fabiano Rodrigo Gouvêa foi apenas o de favorecê-la com o pagamento mensal indevido de vencimentos correspondentes a um Assessor Parlamentar, visando remunerar o seu apoio pretérito e futuro em pleitos eleitorais, isto é, satisfazer um interesse exclusivamente pessoal”, concluiu a promotoria.
Por conta da denúncia, foi aberto processo investigatório contra o vereador na Câmara. Uma das principais testemunhas era seu ex-chefe de gabinete, Silvio Dicezar da Costa.
Na véspera do depoimento da testemunha, segundo a denúncia, o vereador teria marcado encontro com Costa e o teria chantageado para que não prestasse depoimento. A denúncia de constrangimento foi decisiva para a juíza determinar a prisão preventiva, afim de que o vereador não atrapalhe as investigações.