Com a implantação da biometria nas eleições municipais deste ano em Curitiba, quase 230 mil títulos eleitorais podem ter sido cancelados devido ao não comparecimento ao recadastramento. Apesar de parecer quantidade significativa, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia Antunes Rocha, acredita que o número está dentro do resultado esperado.
“É normal que aconteça o cancelamento, mas isso não quer dizer que todos estivessem ativos”, comenta. A expectativa do TSE com a primeira eleição biométrica em Curitiba é grande. “Estamos dando todo o suporte para que tudo dê certo porque queremos que a cidade seja exemplo para o Brasil”, comenta.
Para ela, o sucesso da biometria é essencial para que o TSE dê continuidade ao cronograma de implantação do sistema no restante do País. A previsão é que a biometria esteja implantada em todos os municípios até 2023, mas Cármen garante que o TSE está se esforçando para concretizar essa meta até 2018.
Preocupações
Em âmbito nacional, o TSE tem duas grandes preocupações. Para a ministra, a fiscalização das redes sociais não vai ser fácil, pois envolve o limite entre propaganda partidária e o que é opinião. “A liberdade de expressão é um direito garantido na Constituição. Por isso, o Judiciário não vai inibir a livre manifestação do povo”, explica. A opinião da ministra sobre a Ficha Limpa é que se trata da “grande conquista da sociedade, mas é necessário ter cuidado para evitar a destruição de reputações, pois a dignidade humana também é direito constitucional”, opina.
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