Taniguchi ganha espaço na executiva do PFL

O prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi, irá integrar a nova comissão executiva estadual do PFL, que será formalizada hoje em reunião do diretório. A participação do prefeito na direção estadual do partido faz parte do processo de rearticulação política de Taniguchi que pretende assumir o controle de sua sucessão para o cargo no próximo ano.

Além de participar da executiva, Taniguchi também leva para o partido a mulher, Marina, que estava filiada ao PSDB e foi excluída da nova executiva provisória tucana, formalizada ontem. Por enquanto, o filho, Gustavo, permanece no ninho tucano, assim como vários dos vereadores do PFL que Taniguchi encaminhou para o PSDB antes das eleições de 2000. À época, o prefeito estava quase se transferindo para o PSDB e levou boa parte de sua base na Câmara para o partido. A incorporação de Taniguchi à Executiva foi decidida ontem numa reunião no início da tarde de ontem, no gabinete do prefeito. Hoje, o novo presidente do partido, deputado federal Abelardo Lupion, vai apresentar os novos nomes indicados no encontro de ontem com o prefeito. Taniguchi foi indicado para a 3ª vice-presidência do partido. Na 1.ª vice-presidência fica oo deputado estadual Durval Amaral. O segundo vice-presidente será o ex-deputado Luciano Pizzatto, e o prefeito de Curitiba ocupará a terceira vice-presidência. Na secretaria-geral permanece o deputado Èlio Rusch. O deputado Plauto Miró Guimarães continua como tesoureiro, e o ex-deputado Gilberto Carvalho assumirá a primeira-secretaria.

A nova executiva terá que ser referendada pelos 70 integrantes do diretório eleitos na convenção da sexta-feira passada. Do total, 49 foram eleitos na chapa de Lupion. Apenas 21 concorreram pela chapa encabeçada pelo ex-secretário da Casa Civil, Alceni Guerra. Como a definição da executiva obedece à proporção do diretório, a chapa indicada em comum acordo com o prefeito de Curitiba deve ser mantida.

Excluídos

Alceni Guerra não participou da reunião de ontem. Após a derrota, Alceni ameaçou deixar o partido. O futuro primeiro vice-presidente do PFL, deputado Durval Amaral, afirmou que a nova executiva fará um apelo para que o ex-secretário permaneça no partido. “O PFL não pode prescindir do Alceni nem dos prefeitos que o apoiaram. O partido precisa dos prefeitos e eles precisam do partido”, comentou Amaral.

Apesar de não ter se envolvido diretamente na disputa da convenção, o deputado estadual Rafael Greca está numa situação desconfortável no partido, sobretudo depois da entrada de Taniguchi na executiva. Antes mesmo da nova posição de seu principal desafeto, Greca já havia manifestado a intenção de deixar o PFL. Com o prefeito ganhando poder, a possibilidade de Greca ser bem-sucedido em seu projeto de disputar a Prefeitura de Curitiba no próximo ano acabou se reduzindo ainda mais.

Ontem o deputado afirmou que a vitória de Lupion era previsível e que sua decisão já está praticamente tomada: “Já tenho meu caminho traçado. A seu tempo todos saberão qual é”, afirmou o deputado pefelista, que no ano passado já havia entrado em rota de colisão com o partido por não ter sido indicado para concorrer ao governo. A maioria do partido preferiu apoiar a candidatura de Beto Richa (PSDB).

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