Taniguchi abre os olhos para 2006

Dois meses depois de deixar o poder, o ex-prefeito de Curitiba Cassio Taniguchi já está trabalhando no próximo projeto político. Taniguchi quer ser o candidato ao governo do PFL no próximo ano. Foi o que sugeriu, ontem, durante a primeira reunião da executiva estadual do PFL, da qual faz parte. Embora os demais integrantes da executiva estadual tenham declarado que ainda é cedo para se falar em candidaturas próprias, o ex-prefeito de Curitiba já está bem adiantado nas articulações. Ontem, o ex-deputado Luciano Pizzatto abdicou da presidência do partido em Curitiba em favor de Marina Taniguchi, mulher do ex-prefeito.

Definido como uma liderança do partido, Taniguchi recebeu a missão de, junto com o presidente estadual, deputado federal Abelardo Lupion, percorrer o Estado atraindo para a sigla possíveis candidatos à Assembléia Legislativa e Câmara Federal. A construção de uma chapa proporcional viável eleitoralmente é o requisito básico exigido pelos demais integrantes da executiva para que o ex-prefeito de Curitiba se credencie para a indicação ao governo.

Alguma coisa

A apresentação da pré-candidatura de Taniguchi ocorre em meio ao entusiasmo de uma ala do PFL com a possibilidade de apoio à pré-candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo. O secretário geral do PFL, deputado estadual Élio Rusch, demonstrou cautela ao comentar a iniciativa do ex-prefeito de Curitiba. "O PFL procura se fortalecer. Para isso, tem que buscar candidatos na eleição proporcional. Não adianta dizer que teremos candidato ao governo se não tivermos candidatos à Câmara Federal ou à Assembléia Legislativa", disse.

Rusch afirmou que o ex-prefeito de Curitiba é um "soldado do partido" e que poderá concorrer em 2006, mas não obrigatoriamente numa disputa majoritária. "Ele vai sair a alguma coisa. Pode ser proporcional ou majoritário. Primeiro, temos que mapear todo o Estado para ter uma chapa proporcional boa", disse.

Para o vice-presidente estadual do PFL, Durval Amaral, o nome do partido que conseguir montar uma boa chapa proporcional é um pré-candidato natural ao governo. Amaral não sabe se o ex-prefeito de Curitiba vai ser bem sucedido, mas acha que somente em Curitiba e Região Metropolitana, área de influência de Taniguchi, ele poderia conseguir metade de uma chapa de candidatos a deputado estadual e deputado federal. Apesar do pálido desempenho do PFL na sucessão de Taniguchi no ano passado, Amaral observou que o partido soube se estruturar na disputa proporcional, elegendo a maior bancada, com seis vereadores, na Câmara Municipal. (Elizabete Castro)

Voltar ao topo