A batalha das cópias

Serviço de fotocópias gera um novo embate entre governo e PT

Por 27 votos a nove, a Assembleia Legislativa rejeitou pedido de informações apresentado pelo deputado Tadeu Veneri (PT) sobre os contratos do governo com uma empresa para prestação de serviços de cópias de documentos. Veneri queria saber por que o governo recontratou, sem licitação, a mesma empresa que fazia o serviço para o governo anterior e que o atual considerou muito caro quando assumiu o estado.

O governo anterior pagava R$ 0,15 por cópia. O atual refez o contrato por R$ 0, 11, mas promete abrir licitação para conseguir o serviço por R$ 0,7. “Se eu posso contratar por R$ 0,7 agora porque o governo vai ficar seis meses pagando R$ 0, 11?”, questionou o petista.

“Simples. Existem prazos e ritos para celebrar novos contratos na administração pública que precisam ser respeitados. A nova licitação depende, por exemplo, da aprovação do Conselho Estadual de Informática. Ela deve sair até o final desta semana”, reagiu o líder do governo, Ademar Traiano (PSDB).

O líder do governo cobrou da bancada do PT por que não foi feito o mesmo questionamento sobre os contratos do governo anterior, com a mesma empresa.

“Um contrato que continha, inclusive, uma franquia de 8,2 mil cópias quando o uso real era de 6 mil, o que resultava em uma fortuna em dinheiro público que ia mensalmente pelo ralo, ou beneficiava a alguém. Não se pergunta por que o governo anterior pagava R$ 0,15 por cópia de documento. Mas se questiona o governo atual por ter encerrado esse contrato lesivo e feito outro, emergencial, por R$ 0,11 a cópia”, contestou o líder.